Um estudante de Direito, de 23 anos, foi preso nesta segunda-feira (28) pelo Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), suspeito de traficar armas de fogo. Segundo a PM, no apartamento de Frederico Veiga, localizado no setor Oeste, em Goiânia, foram encontrados munições e equipamentos de uso restrito.
O Graer chegou até o suspeito após prender uma quadrilha especializada em vendas de armas de fogo. A partir daí, a PM-GO passou a investigar os possíveis clientes da quadrilha. No apartamento de Frederico, a PM encontrou sete armas, dois simulacros, mais de 500 munições, produtos usados para recarga de armamento e um vídeo que mostra um homem sendo torturado para contar onde estava uma arma.
Além disso, também foi encontrado R$ 7 mil. Segundo a Polícia, a suspeita é de que o dinheiro seja oriundo da venda de uma pistola. A PM ainda informou que o estudante era cliente da quadrilha presa em dezembro e que também contrabandeava armas do Paraguai para comercializar em Goiás. Com Frederico, o Graer encontrou uma pistola ponto 40, de uso exclusivo da polícia.
O suspeito e os materiais apreendidos foram encaminhados à Central de Flagrantes, localizada no setor Cidade Jardim, em Goiânia.
De acordo com o subcomandante do Graer, capitão Pedro Henrique, o suspeito tinha envolvimento tanto com quadrilhas que contrabandeavam armas do Paraguai, quanto quadrilhas que comprariam as armas para praticar crimes, além de roubar armas de outras pessoas.
“A especialidade dele era realmente a venda de armas e munições. Ele, inclusive, aproveitava dessas armas que ele já possuía, juntava outros infratores da lei, e quando tinha conhecimento de que alguém possuía alguma arma, ele identificava essa pessoa através de outras informações e, por meios de tortura, violência, barbárie, tentava subtrair essas armas para serem revendidas para outros criminosos na capital”, explicou o capitão.
Em entrevista à Rádio 730, Pedro Henrique também informou que Frederico morava com o pai e a mãe, que afirmaram não saber das práticas do filho. “Os pais, aparentemente, são pessoas idôneas e ficaram surpresos. Segundo eles, não sabiam dessa atividade ilícita do filho”, disse.
O subcomandante ressaltou que no vídeo, em que Frederico aparece torturando um homem, serão identificados dois comparsas do suspeito. Além disso, a partir de investigações da Polícia Civil, existe a possibilidade de Frederico estar envolvido com outros crimes, como homicídio.
“Após assistirmos o vídeo dele, percebemos que é muito violento nas ações dele, chega a ser frio. Então, pode ser que ele tenha envolvimento em algum homicídio. Passamos a qualificação dos outros dois comparsas dele para a Polícia Civil, que dará sequência ao inquérito policial e, com certeza, eles podem chegar a algum caso de homicídio, de roubo e extorsão, que fica até claro pelo vídeo”, concluiu o capitão Pedro Henrique.