Sete integrantes de uma quadrilha especializada em assaltos a bancos e fazendas foram presos pela Polícia Civil. Eles atuavam em cidades da sudoeste de Goiás, como Jataí. Eles agiam com violência. Praticaram pelo menos 12 crimes entre fevereiro e abril. A preferência do bando era por comércios, bancos e fazendas.
De acordo com o chefe do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Alex Vasconcelos, as investigações foram iniciadas no mês de fevereiro deste ano, quando seis dos sete componentes da quadrilha explodiram um caixa eletrônico situado dentro da Prefeitura de Jataí. Na ocasião dois vigilantes foram rendidos e dinheiro foi levado.
Além dos bancos, os criminosos também tinha preferência por roubar fazendas, estabelecimentos comerciais como: concessionárias e supermercados.
Modo de agir
Segundo o delegado, eles agiam com bastante violência, ao chegarem até os locais costumavam render quem estivesse no ambiente, inclusive vigilantes, cometiam o crime e agrediam as pessoas.
“Além de três crimes de furtos e roubos contra instituições financeiras ocorridas nas cidades de Jataí e Gouvelândia. Temos vários outros delitos a eles atribuídos, tal como furtos e roubos a estabelecimentos comerciais, principalmente na modalidade de arrombamento de cofres, a principal modalidade por eles empregada bem como furtos e roubos em residências nas propriedades rurais. Agiam com extrema violência, rendendo vigilantes e as próprias vítimas dos locais, mantendo reféns e agredindo”, explicou.
Foram presos por policiais do Grupo Antirroubo a Banco da DEIC: Luiz Paulo Ribeiro Filho, Wallace Santos Barbosa, Hélio Fernando Ribeiro Silva, Geni Anderson Lima da Silva, Carlos Henrique Batista dos Santos, Luiz Roberto Ribeiro Silva e Eduardo Soares Cavalcante. Todos têm diversas passagens pela polícia, inclusive por homicídios.
A Polícia Civil não sabe precisar o tempo de atuação do bando, mas se sabe que já algum período estava agindo na região de Jataí. As investigações duraram cerca de dois meses e ainda continuam. Os homens presos são considerados os líderes da quadrilha, mas há outros integrantes que estão soltos. O delegado espera realizar a prisão nos próximos dias.
“Essa operação visou à captura dos principais membros dela. Começamos a desarticular a quadrilha de cima para baixo, então com certeza outras prisões deverão ocorrer nos próximos dias”, destacou.
Divisão de Tarefas
De acordo com o delegado, as funções de cada integrante eram bem definidas. Cada um era responsável por realizar ações diferentes, envolvendo: planejamento e execução de crimes.
“Essa divisão de funções foi amplamente comprovada nas investigações. Havendo um núcleo que escolhia os crimes, outro que os praticava e outro que monitorava o local. Praticamente todos os dias eles praticavam crimes, e realizavam levantamentos para que novos crimes fossem praticados”, explicou.
Prisão
As prisões ocorreram em grande maioria nas residências dos acusados na cidade de Jataí. Vale ressaltar que os criminosos praticaram crimes em outras cidades como: Gouvelândia, Serranópolis e Itarumã.
Na casa dos acusados foram encontrados diversos objetos como: maçaricos, serras elétricas, armas e cerca de R$ 5 mil em espécie. Eletrodomésticos e outros pertences das vítimas também foram localizados e devolvidos aos proprietários.
Novo Cangaço
Alex Vasconcelos destacou que apesar do modo violento que a quadrilha agia, a modalidade não pode ser considerada como o chamado “Novo Cangaço”.
“Esse modo de agira nada tem a ver com a modalidade apelidada de novo cangaço, embora a do crimes finalidade seja praticamente a mesma, onde a violência contra a vítima, instituições de segurança pública e vigilantes”, ressaltou.