O presidente do SindiGoiânia, Ronaldo Gonzaga, afirmou ao Diário de Goiás que nesta quinta-feira (16), às 6h da manhã, os servidores da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) vão deliberar sobre uma possível greve em uma assembleia. Gonzaga destacou a grave crise vivida pelos servidores, especialmente após a recente série de alagações na cidade, que exigem um esforço extra das equipes para atender à população.
“Os servidores da Seinfra estão na batalha, enfrentando não só o caos das chuvas e alagamentos, mas também a falta de apoio e de condições adequadas para o trabalho”, afirmou. O presidente do sindicato revelou que a assembleia será um momento crucial para decidir os próximos passos, com a possibilidade de paralisação caso a situação não seja resolvida.
Gonzaga também ressaltou a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os servidores da Seinfra, o que tem dificultado ainda mais a execução de suas funções. “Esses servidores estão sem o básico para trabalhar. E o que é pior, o restante dos EPIs que ainda existiam foi retirado e destinado a outros grupos, como os presidiários que trabalham em ações publicitárias”, criticou, referindo-se a uma situação onde os EPIs foram direcionados para fins de publicidade institucional.
Sobre a assembleia, Gonzaga afirmou que a decisão de paralisação não será tomada por ele, mas sim pelos próprios trabalhadores, como é o processo legítimo em movimentos grevistas. “A greve não é uma decisão unilateral. O povo vai votar e decidir o que é melhor para todos. Nós, do sindicato, temos o papel de apoiar e orientar, mas a decisão final é dos servidores”, explicou.
Ele também alertou sobre as consequências de uma possível greve, destacando que esse tipo de ação prejudica tanto os servidores quanto a administração municipal e, principalmente, a população. No entanto, o presidente do SindiGoiânia frisou que, diante das dificuldades enfrentadas, a paralisação é uma medida que pode ser inevitável se a situação continuar sem uma solução.