O presidente do PDT, Carlos Lupi, admitiu haver pré-candidatos do partido nos Estados que vão apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Palácio do Planalto. “Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local”, disse ele.
O nome do PDT para a eleição presidencial é o do ex-ministro Ciro Gomes, mas Lupi afirmou que não haverá punição aos infiéis. “O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje”, constatou o presidente do PDT, em entrevista ao Estadão.
Há chance de Ciro conseguir apoios regionais do PSB? O pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSB, Beto Albuquerque, disse existir essa possibilidade, embora o partido esteja na aliança do ex-presidente Lula.
Vou até ligar para ele. O Beto, que é meu amigo, quer ser candidato, e lançamos Vieira da Cunha, que também quer. Estamos discutindo com a Ana Amélia (pré-candidata do PSD ao Senado), estamos tentando essa aliança PDT, PSB e PSD. Não afirmo que o Beto vai (apoiar Ciro) porque gaúcho é meio difícil.
E o governador Renato Casagrande, do Espírito Santo (PSB)? Ele até hoje não fechou com Lula e faz acenos a Ciro.
Temos participação no governo e vamos apoiá-lo. E ele tem compromisso com a gente de abrir o palanque para Ciro. Não exclusivo, mas vai abrir.
Na outra ponta, alguns pré-candidatos do PDT elogiam Lula publicamente. Isso não enfraquece a pré-candidatura de Ciro?
Eu também elogio o Lula. Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local. O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte. Isso significa dizer para os caras: ‘Façam suas alianças locais’. Isso é natural.
O PT e o PDT podem romper no Ceará. Isso não prejudica a pré-candidatura de Ciro?
Estamos conversando. Tem uma aliança antiga lá e é bem provável que ela se repita.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Por Lauriberto Pompeu/Estadão Conteúdo)