O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, criticou nesta quinta-feira (9) aumentos de impostos como saída para o ajuste fiscal e a “incompetência” brasileira para aprovar reformas e reduzir despesas públicas.
A crítica foi feita um dia depois de o presidente Michel Temer admitir estudos para aumento nas alíquotas do Imposto de Renda -e recuar após a repercussão negativa.
No mês passado, o governo ampliou impostos sobre os combustíveis, para tentar evitar o descumprimento da meta fiscal.
“Tempo esgotado para a nossa incompetência de fazer reforma tributária, de fazer reforma da Previdência, mal e mal uma reforma trabalhista. Para nossa incompetência de fazer o custo da máquina caber dentro do PIB e colocar no bolso do brasileiro a conta do ajuste”, afirmou Paulo Rabello.
Ele discursou na abertura do 16º Enaex (Encontro Nacional de Comércio Exterior), que terá participação também de Temer.
“É preciso fazer redução da despesa”, reforçou o presidente do BNDES, que chamou o sistema tributário brasileiro de “manicômio”.
Paulo Rabello voltou a defender a atuação do banco e a busca de solução para as empresas envolvidas na Lava Jato.
“O Brasil não pode esperar que a yoga resolva a questão judicial enquanto fenece [desaparece] o sistema produtivo”, disse.
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