O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitou a cidade de Chapecó, em Santa Catarina, nesta quarta-feira (7), e voltou a criticar as medidas restritivas tomadas pelos prefeitos e governador no combate à pandemia da covid-19.
“Vamos buscar alternativas, não vamos aceitar a política do fique em casa, feche tudo, lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus, como outros, vieram pra ficar, e vão ficar a vida toda. É praticamente impossível erradicá-lo”, disse o presidente.
O governo federal vem numa quebra de braço com prefeitos e governadores que defendem restrições nas reaberturas de atividades econômicas. Bolsonaro desde o início da pandemia sustenta a tese de que não deveria fechar todo o comércio no país porque o resultado pode ser danoso para a economia do país, segundo ele.
Na cidade do Sul do país, Bolsonaro esteve acompanhado dos ministros Augusto Heleno, Onyx Lorenzoni e Carlos França.
O presidente, além de ter criticado quem defende o lockdown, também fez um discurso favorável ao tratamento precoce contra o coronavírus.
“Eu não sei como salvar vidas, eu não sou médico, não sou enfermeiro, mas eu não posso escolher a liberdade do médico ou até mesmo do enfermeiro. Ele tem que buscar uma alternativa para isso”, afirmou.
Bolsonaro fez elogios à administração da prefeitura de Chapecó, que também é uma gestão crítica ao lockdown.
“Aqui em Chapecó, no estado de Santa Catarina, que tem um sistema muito organizado, nós podemos ter um exemplo que é possível conciliar a autonomia do médico com a recuperação dos nossos pacientes”, disse.
O presidente comentou sobre a liminar do ministro Nunes Marques que permite que atividades religiosas ocorram nas cidades brasileiras e que os estados e municípios não têm a prerrogativa para decidir sobre esse tema.
“90% da população – um pouco mais – acredita em Deus e, acreditando em Deus, eu espero que, daqui a pouco, como está previsto o Supremo Tribunal Federal julgar a liminar do ministro Kássio Nunes, ou que a liminar seja mantida ou que alguém peça vistas para que nós possamos discutir um pouco mais a abertura ou não de templos religiosos”, ponderou.
O chefe do Executivo brasileiro voltou a dizer que o Exército não vai se envolver a favor de decisões dos governadores para manter as pessoas em casa.
“O nosso Exército brasileiro não vai a rua para manter o povo dentro de casa”, concluiu.