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Política
| Em 2 anos atrás

Presidente da Comurg diz que precisa “levantar dívidas” da empresa que podem ultrapassar os 200 milhões de reais

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O presidente da Comurg, Alisson Borges teve de lidar com assuntos sensíveis e não soube estimar as dívidas da empresa ao prestar depoimento aos parlamentares da CEI que apura irregularidades no órgão em oitiva realizada nesta quarta-feira (22/03). Ele disse que terá de apurar mas que todas podem ultrapassar os R$ 200 milhões previstos inicialmente. Borges também teve de responder insinuações de nepotismo na companhia.

Em entrevista coletiva após a oitiva, Alisson voltou a dizer que não sabe detalhar as dívidas que a própria empresa possui e revelou que alguns pagamentos podem até ter sido duplicados. “Inclusive, nós identificamos na parte tributária que existem alguns débitos que estão sendo pagos pela própria empresa em duplicidade. Eu não posso afirmar para vocês quais são os valores, inclusive com o INSS, que é o da classe patronal”, salientou.

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Os atrasos com o INSS por exemplo, acontecem desde 2018 quando o órgão federal mudou seu sistema para o e-Social. De lá para cá, Borges destacou que a Comurg demorou a fazer as alterações necessárias gerando atrasos que podem completar cinco anos. “Estamos em contato com o jurídico para nos dar o suporte até para fazermos um acordo com o INSS”, explicou.

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De acordo com Borges, mesmo se a companhia tivesse dinheiro em caixa para pagar o INSS ainda não seria possível, pois sequer há como saber os valores envolvidos. “Precisamos levantar esses valores para gente saber o que que tem que pagar. Se nós quisessemos fazer o pagamento hoje não poderiamos porque não conhecemos a dívida. A partir do momento que levantarmos o acordo, a gente vai entrar em contato com o INSS para conhecer a dívida”, salientou.

Ele ainda destacou que está iniciando levantamentos para identificar novas dívidas que a empresa possui e que os valores podem ultrapassar os 200 milhões. “Com certeza. Pode ser bem mais que 200 milhões. Temos acordos com a parte tributária que hoje estão sendo cobradas em duplicidade. Estamos iniciando processos para identificar outras dívidas”, pontuou.

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O presidente do colegiado, Ronilson Reis (PMB) chegou a insinuar nepotismo de Alisson Borges, afinal de contas, tanto seu pai como seu sogro, possuem cargos que rendem gratificações e podem chegar a mais de R$ 16 mil reais por mês. Borges, defendeu e disse que ambos são servidores de carreira da companhia.

Só seu pai tem mais de 40 anos de serviços prestados à Companhia. Seu sogro ocupa cargo de direção mesmo antes de Alisson chegar à presidência do órgão, justificou. “Meu pai construiu a sua carreira de 42 anos na empresa e teve benefícios, assim como outros servidores da empresa. Incorporações salariais, várias situações. O diretor Edimar meu sogro, quando eu assumi a presidência da empresa, ele já estava como diretor. Não fui eu que nomeei. Ele também é um servidor de carreira, está há vários anos, eu não sei precisar quantos anos ele trabalha na empresa. O que posso dizer é que são servidores efetivos, que trabalham na empresa e atuam na função que foram exercidos”, completou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.