Em entrevista ao Diário de Goiás, o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Filete, defendeu uma melhor “comunicação” entre setor produtivo e governo estadual. Além disso, ele afirmou que o projeto de lei para incentivos fiscais no estado, o PróGoiás, tem alguns aspectos positivos, porém, ele ainda está em análises pelos técnicos da instituição.
“O que eu observo é que a gente tem um problema de comunicação muito grande. Os líderes precisam sentar um pouco mais próximo. A corda está muito tensionada e a gente precisa tirar essa tensão que está no ar”, afirmou. Segundo ele “ninguém tem interesse em fazer embate direto” com o governo, deputados ou com a Secretária de Economia, Cristiane Schmidt.
“O que nós queremos é ter um ambiente completamente competitivo com outros estados e que não recebamos todos os dias empresários ameaçando a sair do estado com uma série de questões que chegam por parte das associações ou por parte do governo e que se fica ouvindo muita fake news e nada efetivo”, reiterou.
De acordo com Filete, o documento com a íntegra do projeto Pró Goiás só foi entregue aos empresários na última segunda-feira (9), e por isso ainda está em análise por parte dos diretores tributaristas da Acieg. Mas, apesar de não ter acesso a análise completo, ele afirmou que há positivos, com ressalvas em relação ao Protege.
“Nossa grande preocupação é o Protege, a continuidade do Protege. Um acordo que foi feito para determinado período e ele ficar agora sendo validado eternamente. Essa é a nossa grande preocupação. O Pró Goiás é consequência”, comentou.
Perspectivas
Para Rubens Filete, as perspectivas de recuperação da economia para o próximo ano são boas. Ele lembra que a cadeia produtiva depende um do outro: “se eu tenho a indústria forte eu tenho o comércio e minha área de serviço forte também”. De acordo com ele, ganha principalmente nesse quesito o setor produtivo.