A Polícia Civil, por meio do Grupo de Repressão a Crimes Rurais e de Divisas, apresentou nesta quinta-feira (20), oito suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubo e furto de máquinas e veículos agrícolas.
De acordo com a PC, parte do grupo é formado por goianos e outra por paraenses. Eles são investigados em pelo menos sete inquéritos policiais por crimes cometidos na zona rural dos municípios de Acreúna, Trindade, Aparecida de Goiânia e Santa Cruz.
A polícia continuará em busca dos receptadores e dos equipamentos. Os suspeitos já foram identificados e serão autuados em breve. O líder do grupo Júlio Cesar Soares, de 40 anos, é dono de uma loja de manutenção em tratores situada no Jardim Guanabara.
De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Gleydson Carvalho, as investigações foram iniciadas há três meses após um roubo em uma fazenda em Acreúna, com apoio da Draco. Até então, já havia sido presa parte da quadrilha quando praticariam outro crime em Aparecida de Goiânia.
“Essa organização criminosa tem bem definida a participação de cada elemento. Parte deles era responsável por chegar à fazenda e render as vítimas, outra parte responsável pelo transporte desse maquinário até Goiânia, e aqui ela era repassada para o Júlio César e para o Diego, que ainda se encontra foragido, que se encarregavam de vender essas máquinas para o Distrito Federal e Pará”, explicou.
Em entrevista coletiva, o delegado informou que as máquinas eram transportadas, muitas vezes, por caminhões próprios. “Todas as vítimas eram mantidas até que a máquina estivesse em um local seguro para eles. Em alguns casos, essas máquinas ficavam rodando pela rodovia, em outros casos, quando era mais distante, eles traziam caminhões próprios para o transporte de máquinas. Em alguns casos o motorista fazia o transporte normal. Neste caso de Aparecida de Goiânia, ficou constatado que o motorista tinha conhecimento de que a máquina era roubada, inclusive ele foi autuado em flagrante”, afirmou.
Segundo Gleydson Carvalho, as pessoas que compraram as máquinas oriundas de roubo serão intimadas. “Alguns serão indiciados pelo crime de receptação e os demais, mesmo que tenham adquiridos de boa-fé, terão as máquinas apreendidas e restituídas às vítimas”.