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Prefeitura projeta conclusão do trecho norte do BRT para o fim do ano

Após a retomada das obras na parte norte do BRT, a Prefeitura de Goiânia tem expectativa de concluir o trecho Terminal Recanto do Bosque-Rodoviária até o final deste ano. O secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Fernando Cozzetti, explicou que o Município tem dinheiro em caixa para pagar esta parte da obra.

“A previsão nossa, o objetivo é terminar esse trecho norte da Praça do Trabalhador até o terminal Recanto do Bosque até o final do ano. Para isto, vamos ficar acompanhando mês a mês as atividades da empresa para que possa atingir este objetivo”, declarou.

Fernando Cozzetti explicou que há quatro frentes de trabalho montadas, sendo no Terminal Recanto do Bosque e na confluência da Avenida Oeste com a Goiás Norte. Foi destacado que estão trabalhando aproximadamente 150 pessoas, com previsão de pico de até 500 trabalhadores, à medida que outras frentes de trabalho forem abertas com a liberação parcelada das contrapartidas do Município.

Contrapartida

O secretário compareceu nesta terça-feira (25) na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que analisa possíveis irregularidades no BRT Norte Sul. O presidente da Comissão do BRT, Alysson Lima analisou que no final da administração anterior, repasses as empresas deixaram de ser feitos, resultando no atraso da obra.

“Em relação aos recursos municipais, nos últimos seis, sete meses da administração Paulo Garcia, muitos repasses não foram feitos, pagamentos da empresas ao consórcio BRT não foram feitos e a empresa não deu continuidade a obra. Mas agora já passou tudo isso”, destacou Alysson Lima.

Fernando Cozzetti explicou que a gestão anterior atrasou contrapartidas o que prejudicou o andamento da obra. “Verificamos o atraso de R$ 15 milhões com o consórcio, sendo R$ 11 milhões da contrapartida da Prefeitura e R$ 4 milhões que a Caixa ainda não tinha liberado”, afirmou o secretário.

Fernando Cozzetti explicou que até agora foram pagos R$ 3 milhões, liberados pela Caixa, e outros R$ 3 milhões da Prefeitura. Faltam ainda R$ 8 milhões que serão pagos em oito parcelas mensais”. Na negociação, o secretário ainda explicou que o consórcio abriu mão da cobrança dos “custos de administração local”, que são gastos extras mensais com trabalhadores, canteiro de obra, entre outros.

Fernando Cozzetti detalhou que para 2017, a Prefeitura terá que arcar com uma contrapartida de R$ 50 milhões. “O recurso já foi garantido pelo prefeito para execução da obra deste ano. A contrapartida ficou muito elevada, por conta dos atrasos. Este ano nós vamos gastar no BRT R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões da Prefeitura de Goiânia. O recurso já está garantido, foi pactuado com o prefeito, já reunimos com o secretário de Finanças e inclusive já estou fazendo empenhos deste recurso da prefeitura”, disse o secretário.

Custos da obra

Sobre o custo da obra, o gestor de contratos do Consórcio BRT-Goiânia, Francisco Brandoles afirmou que, até o momento, foram faturados cerca R$ 53 milhões, 21% do valor contratual total, dos quais a Prefeitura já pagou R$ 26 milhões. Disse que a porcentagem paga é igual a de execução do projeto, também de cerca de 20%.

Vereadores têm se mostrado preocupados quanto a reajustes que ocorreram no decorrer da obra, os chamados “apostilamentos”. Brandole disse que a data-base do contrato é abril de 2014, quando foi lançado o primeiro edital, e que houve um apostilamento de R$ 16 milhões logo no início das obras porque elas começaram quase um ano depois, em março de 2015.

Próximas etapas

O secretário Fernando Cozzetti explicou que a tendência é que o BRT seja concluído na totalidade até março de 2019. Ele teme que possa ocorrer interferências que venham a prejudicar o andamento das obras.

“Pela experiência que tenho, o que pode ocorrer é a questão das interferências com a Celg, Saneago, Oi, desapropriações, que não dependem só da gente, depende de terceiros, então eu acredito que possa haver algum atraso e adentrar no ano de 2019. Trabalhamos com a meta de terminar até março de 2019. Estou entrando agora na questão da obra. O que tenho conhecimento é que já teve várias tratativas, inclusive com os Correios que vão ceder aquela área para fazer um terminal, e agora vamos partir para fazer um planejamento, já estão identificadas as interferências, vamos fazer um plano de ação para reduzir as interferências e não deixar que isso venha a atrasar a obra”, argumentou.

Centro de Goiânia

Fernando Cozzetti explicou que há um pedido do prefeito da capital, Iris Rezende (PMDB) para que as obras não venham impactar em excesso a vida do goianiense na área central de Goiânia.

“Ele pediu para a gente analisar mais o impacto no Centro, na região da Avenida Goiás. Eu mesmo identifiquei que teremos pouca interferência. Será trocado o piso, por concreto. Serão feitos novos abrigos, novas estações. Acredito que possamos continuar com o projeto original, apesar que existe um receio do prefeito em violentar o centro da cidade. Estamos apresentando a ele todas as interferências que serão realizadas para diminuir o impacto das obras do BRT no Centro”, explicou.

Samuel Straiotto

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