Deverá chegar nos próximos dias a Câmara Municipal de Goiânia projeto a ser enviado pela prefeitura da capital relativa à Data Base dos servidores. A reposição das perdas inflacionárias referente a 2015 na ordem de 9,28% não será paga de forma integral.

Propostas

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Até a tarde desta quarta-feira (8), ainda não há definição sobre a quantidade de parcelas. Várias possibilidades estão sendo discutidas como: pagamento de 3% em 2016 e o restante somente no ano que vem. Nesta hipótese discutida seria 1,5% no próximo mês, 1,5% em dezembro e 6,28% no primeiro semestre de 2017.

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Outra hipótese discutida é de realizar o pagamento de 1,5% no próximo mês, 1,5% no início do segundo semestre e em dezembro o percentual restante. Uma nova rodada de negociação ainda vai ocorrer entre a Prefeitura de Goiânia e o Fórum de servidores públicos.

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Argumentos

A medida desagradou lideranças sindicais que organizaram uma audiência pública na Câmara que discutiam a aplicação da Data Base. De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde em Goiás (Sindsaúde), Maria de Fátima Veloso, os servidores entendem o momento difícil da economia e até concordam com um parcelamento, mas desde que os pagamentos pudessem ser feitos ainda este ano.

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“Não vamos aceitar esta proposta de repor parte das perdas salariais no ano que vem. Quando se divide a Data Base os trabalhadores já perdem, agora imagine a deixar para um outro prefeito que nós não sabemos quem será e se irá pagar ou não. Nós aceitamos até dividir, pois sabemos que é um momento difícil, mas que seja dentro deste ano, nossa proposta é que o pagamento seja feito até setembro.

Já o líder do prefeito na Câmara, Carlos Soares (PT) que é um dos articuladores do processo, avalia que o Município está fazendo o que pode. Ele entende que a prefeitura está concedendo o percentual que ela tem condições de pagar sem comprometer os cofres.

“Nós participamos temos uma reunião. Provavelmente o projeto chegue ainda nesta semana. Teremos outra reunião em que serão apresentados dados do Dieese para os sindicatos, porque a nossa realidade financeira é ruim. A arrecadação só cai. A proposta não é a ideal. Os sindicatos não estão satisfeitos, mas é a proposta que a prefeitura dá conta de pagar e manter os salários em dia. Não queremos que tenha problemas com servidores. A base do prefeito está fazendo um compromisso que vai ajudar nesta aprovação, pois pior é não conceder a Data Base, pois dificilmente isso seria reposto nos próximos anos”, argumentou.

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