A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia está concluindo estudos para realizar um recadastramento de usuários do Cartão SUS na capital. De acordo com a prefeitura da capital, são cerca de 4,5 milhões de pessoas que declaram morar em Goiânia. Segundo o último censo divulgado pelo IBGE em 2010, residem na cidade 1,3 milhões de habitantes. A intenção é fazer com que as pessoas informem o endereço verdadeiro e que o gasto seja cobrado da prefeitura de origem do paciente.
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), declarou que é natural que a capital seja procurada pela estrutura que possui, mas que é justo que o município de origem pague pelo tratamento dos pacientes, por isso a necessidade de se fazer um recadastro.
“Quando vem algum doente de cidade do interior de forma oficial, aquilo que se gasta com aquele doente, debita para a prefeitura de onde veio o paciente. Goiânia tem 1,4 milhão de habitantes e tem cerca de 4, 2 milhões. Eu descobri escritório de prefeituras de outros estados para receber doentes e empurrar pacientes para as unidades por conta da Prefeitura de Goiânia. Conversamos com a nossa secretária da Saúde, vamos fazer um recadastramento para pôr ordem. É uma fase de trabalho, de estruturação, espero que até o final do ano ninguém tenha defeito para colocar na ação da prefeitura de Goiânia em todas as áreas de sua atividade, das suas ações”, declarou o prefeito Iris Rezende.
Questionada pelo Diário de Goiás sobre quando começa o recadastro, a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, explicou que o processo ainda está em fase de estudos. Ela disse que há a necessidade de se ter bastante cuidado.
“Nós estamos estudando com muito cuidado a forma de fazer o recadastramento para que a pessoa nos forneça o endereço real. A primeira coisa importante a se dizer é que a pessoa independente do endereço será atendida. A diferença é que a conta que se gastar com a pessoa será direcionada a prefeitura de origem. Muitos pacientes não são de Goiânia”, destacou a secretária.
Fátima Mrué disse que há uma dificuldade para se fazer o cruzamento dos dados. Ela acredita que em breve será possível iniciar o recadastro, mas não apresentou uma data específica. “Em breve, mas não temos uma data ainda porque nós estamos estudando os cruzamentos de dados. Um deles é do próprio Ministério da Saúde, que é o Cadastro Único. O outro é o endereço. Hoje é muito difícil se comprovar o endereço efetivamente. Estamos usando o CPF e data de nascimento, porque as vezes o endereço não está no nome de determinada pessoa, mas no de algum familiar, por exemplo. É um pouco complexo, ter o cruzamento de dados mais efetivo”, afirmou Fátima Mrué.
A secretária não sabe precisamente quanto hoje é gasto com pacientes que são de outros municípios e que estão cadastrados de forma indevida como pacientes de Goiânia.
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