Buracos têm se multiplicado na cidade durante o período de chuvas. Além do asfalto velho na cidade, há outro problema. A empresa RF que fornece massa asfáltica para a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), tem repassado material abaixo da necessidade, e por isso, o contrato será rescindido.
O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan Mattos, explicou que a prefeitura tem a necessidade de 300 a 400 toneladas de massa asfáltica por dia, mas que a empresa não tem conseguido atender de forma adequada. Por dia, segundo o secretário a RF tem repassado somente cerca de 50 toneladas, o que tem prejudicado os serviços de manutenção na cidade. O secretário diz que a empresa colocou o valor abaixo do preço de custo, venceu a licitação, mas não está conseguindo encaminhar o material.
“Nós precisamos de 300 a 400 toneladas por dia e não tem chegado 50 toneladas, é um número pequeno, o fornecimento é 30% da nossa necessidade, por isso Goiânia está se enchendo de buracos, não é difícil circular, a empresa se chama RF e o problema é que ela mergulhou no preço, e ficou preocupado quando as empresas colocam abaixo do nosso preço de referência, já aconteceu lá no Jardins do Cerrado, de a gente rescindir o contrato porque o valor era abaixo do que a empresa poderia ter condições para tocar a obra, depois ela não foi penalizada. Esse critério de menor preço não é o mais adequado, deveriam ser analisados outros critérios”, afirmou.
O secretário diz que no mês de outubro a empresa forneceu massa asfáltica apenas 17 dias e em novembro em apenas 15 dias. “O problema hoje maior é a falta de regularidade do fornecedor, para se ter ideia, no mês de outubro, ele nos deixou de fornecer massa asfáltica durante 17 dias e no mês de novembro durante 15 dias. Quando nossos caminhões chegam para carregar a massa asfáltica e muitas vezes os caminhões voltaram vazios”, explicou.
Dolzonan Mattos disse que o problema será solucionado por dois caminhos. O primeiro é a própria prefeitura assumindo os serviços e produzir a massa asfáltica. A nova usina será inaugurada nos próximos dias, a antiga já foi reformada.
“O problema vai ser solucionado com a conclusão da nossa nova usina, e a antiga já reformamos, já está em produção. Dentro de uns 15, 20 dias já estaremos autossuficientes em relação ao fornecimento de massa asfáltica, resolvendo esse problema que está nos atormentando aí no dia a dia”, declarou.
O segundo caminho será a partir da rescisão do contrato com a empresa RF e fazer um contrato emergencial com outra empresa para que possa fornecer massa asfáltica. O secretário diz que é importante ter este ponto e apoio, além da autossuficiência por parte do município.
“Ele (contrato) vai ser rescindido. Nós já notificamos a empresa, vamos fazer uma nova licitação emergencial, pois precisamos ter essa alternativa também, pois às vezes pode faltar energia lá na nossa central de produção de asfalto e precisamos ter uma nova opção para que não falte asfalto, nós trabalhamos de domingo a domingo, com 15 equipes na operação tapa buracos e limpando galerias bocas de lobo” finalizou.