Uma queda de braço entre as direções do IMAS e do Hospital Araújo Jorge. Está suspenso o atendimento na unidade para funcionários públicos da Prefeitura de Goiânia, ou seja, quem perde nesta queda de braço, são os usuários, que já tem desconto em folha em troca de assistência na área de Saúde. A direção do Araújo Jorge cobra dívida na ordem de aproximadamente R$ 1 milhão. A prefeitura alega que quer negociar e foi ao Ministério Público denunciar o não atendimento a pacientes do IMAS.
O diretor financeiro do Hospital Araújo Jorge, Márcio Roberto Barbosa da Silva, em entrevista a repórter Meirene Souza da Rádio Difusora, explicou que não foi a unidade que rompeu convênio, mas sim a própria prefeitura de Goiânia. Ele destacou que não está sendo permitida a inclusão das faturas dos pacientes do IMAS no sistema.
Márcio Silva argumentou que há dívidas relativas a um mês do ano de 2014 e nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado. Ele cobra que a atual administração precisa se preocupar em pagar as dívidas passadas e não apenas com as contas atuais.
“Não foi o Hospital Araújo Jorge que rompeu o convênio. O Hospital Araújo Jorge vive tentando receber o que lhe é de direito desde 2014. O Imas tem uma dívida com o hospital de R$ 1 milhão. Essa dívida corresponde a uma parcela de um mês em 2014 e de julho, agosto e setembro do ano passado. No entanto, foi o rompimento foi unilateral. Foi o IMAS que tirou a Associação de Combate ao Câncer do portal. Ele não nos permite hoje colocar faturas no sistema da Prefeitura. Eles trabalham com uma tabela de 1992 e cobramos reajuste, pois os valores pagos hoje, são inferiores aos valores pagos pelo SUS”, destacou.
O diretor do hospital explicou que o serviço já foi prestado e a unidade precisa receber. Ele disse que os pacientes estão sendo levados para o SUS e que aqueles que já tiveram o tratamento iniciado não ficarão sem assistência.
“A gente já procurou várias vezes o IMAS para negociar, para tentar fazer com que nos pague, e já inclusive já notificamos, conforme reza o contrato, já fizemos isso no início do ano porque se num prazo de 30 dias não cumprissem com a necessidade do hospital de receber o que foi feito, nós romperíamos o contrato. Nós já prestamos o serviço e precisamos receber. Hoje os pacientes do IMAS são levados para o Sistema Único de Saúde para não ficar sem assistência. Os pacientes que iniciaram tratamento terão assistência até o final”, ressaltou.
Em entrevista à jornalista Meirene Souza, o presidente do IMAS, Sebastião Peixoto, alegou que aos poucos a prefeitura vem pagando e quer negociar. Ele ainda argumentou que foi a direção do Hospital que rompeu o atendimento e não o Instituto de Assistência dos Servidores. Ele disse que haviam 33 pacientes do IMAS em tratamento no Araújo Jorge. Sebastião Peixoto esbravejou e disse que é sacanagem da direção do Araújo Jorge.
“Dos 33 vocês vão atender tudo da norma e vamos pagar vocês pagarem todos os atrasados de 2016. Eu comecei e paguei outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Na gestão do prefeito Iris, está tudo em dia. Nós pagamos tudo, eles prometeram para mim e não cumpriu. Foi sem palavra comigo. Eles foram sem palavra e dispensaram os pacientes e fizemos convênios com todos os hospitais, mas o hospital de referência é o Araújo Jorge. Eu fui a justiça, ao Ministério Público para cumprir as normas. Eles querem ganhar dinheiro e tem de respeitar a prefeitura. Eu estou pagando tudo. Vou ter a resposta logo. Esse 1 milhão é de 2016, eles não querem negociar. Nunca pararam no outro governo, eles querem fazer sacanagem com a prefeitura”, declarou.