O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), não autorizou qualquer iniciativa de cobrança de impostos a igrejas. A informação é da assessoria de imprensa do prefeito. A polêmica começou após a movimentação de instituições religiosas à reportagem publicada no jornal O Popular no último domingo (3), em que o secretário Municipal de Finanças, Jeovalter Correia, propôs que as 2.274 igrejas instaladas em Goiânia começassem a pagar impostos.
“A Sefin não pretende tributar os templos, até porque a imunidade é constitucional. Só uma mudança na Constituição Federal poderia mudar isso. Mas isso não quer dizer que eu concorde com a imunidade tributária, portanto, dei a minha opinião”, afirmou Jeovalter Correia.
O líder da Conversão das Assembleias de Deus em Goiás, pastor presidente da Assembleia Ministério de Campinas, disse ao Diário de Goiás que chegou a falar com o prefeito. “Estamos descansados já que a atitude do Jeovalter não é real, concreta. É inconstitucional e não representa a Prefeitura”, concluiu.
O presidente da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova, Josué Gouveia, se pronunciou nas redes sociais. “Manifestamos a posição no sentido de manter a garantia constitucional reivindicando as autoridades responsáveis pela garantia desse direito, somem-se as igrejas e a sociedade na adoção de medidas contrárias à tributação das igrejas”, afirmou.
Jeovalter Correia destacou que foi ouvido pela reportagem do O Popular como técnico e crítico. “Sou um crítico das imunidades incidentes na exploração de atividades econômicas pelas igrejas que concorrem de forma desleal com outros setores que não têm o mesmo benefício”, comentou.
Segundo o secretário, não existe qualquer iniciativa sobre a cobrança de impostos. “Fui ouvido como técnico em uma matéria que O Popular estava fazendo e dei a minha opinião. Critiquei de uma forma geral as imunidades das igrejas, inclusive católica, das comunicações, da cultura”, explicou.