JÚLIA BARBON
RIO DE JANEIRO, RIO (FOLHAPRESS) – O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste domingo (18) que alguns prefeitos demitiram médicos para contratar cubanos e “ficarem livres da responsabilidade”. Ele não citou quais prefeituras teriam feito isso.
“Tem prefeitura que simplesmente mandou embora o seu médico para pegar o cubano, quer ficar livre da responsabilidade. A convocação é só em situações extraordinárias”, disse ao visitar a competição mundial de jiu-jitsu Abu Dhabi Grand Slam, no Parque Olímpico da Barra (zona oeste do Rio).
Ao comentar a saída de Cuba do programa Mais Médicos, ele também voltou a afirmar que os médicos cubanos fazem trabalho “análogo à escravidão”. “Você é mãe por acaso? Você sabe que é ficar longe dos filhos?”, perguntou a uma jornalista. “As cubanas estão aqui e estão longe dos seus filhos há mais de um ano.”
“Não podemos admitir escravos cubanos no Brasil e não podemos continuar alimentando a ditadura cubana”, disse. “É justo confiscar 70% do trabalho de uma pessoa? Não é justo.”
Questionado sobre como pretende repor as vagas que eram ocupadas por cubanos, ele não indicou uma solução. “Eu não sou presidente, dia 1º nós vamos apresentar o remédio, se bem que o governo Temer já está trabalhando nesse sentido.”