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| Em 4 anos atrás

Prefeitos decidem futuro do lockdown parcial na manhã de sábado (06)

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Os 18 prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia vão se reunir por meio de videoconferência na manhã deste sábado (06/03) para definir o futuro do lockdown parcial. A informação foi confirmada por meio da assessoria de comunicação da Prefeitura da capital no começo da noite desta sexta-feira (05/03).

NOTA DO EDITOR (sábado, 06): A reunião ainda não tinha terminado até o fim da manhã deste sábado. Segundo apurado pela reportagem do Diário de Goiás, o prefeito Rogério Cruz não falará com a imprensa, mas enviará um comunicado por meio de assessoria. O DG acompanha para atualizações. Participam da reunião os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Abadia de Goiás, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Goianira, Goiânia, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.

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A reunião entre prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia que definiria o futuro do lockdown parcial na região na manhã deste sábado (06/03) acabou suspensa. Os prefeitos não chegaram a um consenso nos pontos estabelecidos, além de alguns quererem a participação de algum representante do governo, já que o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) está em repouso se recuperando de uma infecção urinária e não se faz presente.

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A reunião continuará à tarde em busca de uma definição com o secretário de Saúde de Estado de Goiás (SES-GO) Ismael Alexandrino, participando da reunião. Também haverá presença do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) No entendimento de alguns prefeitos, há pontos melindrosos que envolvem a gestão estadual, como por exemplo, o transporte público que é metropolitano e a operação do Eixo Anhanguera, tocada pela Metrobus, empresa debaixo do guarda-chuva estatal. É importante que o governo esteja a par da definição nesse sentido, pois um dos temas colocados à mesa, é justamente a interrupção total do serviço de transporte.

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Se fazem presentes na reunião os prefeitos de  de Aparecida de Goiânia, Abadia de Goiás, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Goianira, Goiânia, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade. Após a reunião que deverá seguir durante à tarde, os prefeitos não irão conceder entrevistas, de acordo com o apurado pela reportagem do Diário de Goiás.

Proposta de paralisar transporte coletivo e toque de recolher

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Hoje, representantes do setor comercial se reuniram com o prefeito Rogério Cruz no Paço Municipal. Eles pressionam a reabertura do comércio já na próxima semana, e para isso, propuseram paralisar totalmente o transporte coletivo pelos próximos sete dias, além da implantação de um toque de recolher à partir das 22h em Goiânia. O dono do estabelecimento daria um jeito de bancar o transporte individual para o funcionário. 

A tese dos empresários é que dentro dos ônibus a aglomeração é inevitável e, por isso, o transporte individual seria mais apropriado. O planejamento das viagens de ida e volta ao trabalho seria feito pelo patrão. “Nós vamos proporcionar aos funcionários que cheguem ao trabalho. Quem tem carro, faz uma rota, e ele faz o transporte e trás os funcionários que estiverem perto. O vale transporte pode ajudar na gasolina. E aquele que não tem como chegar à sua porta, fará o home office. Menor será o prejuízo proporcionar esse transporte, do que continuar fechado, sem poder faturar”, destacou em comunciado enviado à imprensa, o presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiochi.

Marcelo Baiocchi também destacou que houve a apresentação de um toque de recolher durante a semana e mais rígido aos sábados e domingos. “Nas nossas propostas, temos levado várias sugestões, como o fechamento total das cidades das 22h da noite às 05h da manhã, não funcionar de sábados as 22h até a segunda às 05h da manhã”, pontuou.

Sindicato dos profissionais da Segurança Privada é contra paralisação dos ônibus

Horas após a proposta ser repercutida, o Sindicato dos Profissionais de Segurança Privada do Estado de Goiás (Sindesp-GO) por meio do presidente, Ivan Hermano, se posicionou pedindo para que os prefeitos desconsiderassem a sugestão apresentada pelos empresários. Hermano pontuou que os vigilantes que fazem a segurança privada de hospitais e clínicas não conseguiriam chegar aos seus locais de trabalho sem o transporte público. 

“Para que um hospital possa funcionar adequadamente, um dos essenciais é que haja segurança privada e os nossos trabalhadores não conseguiram chegar nos seus locais de prestação de serviço se, o transporte público, estiver parado”, pontuou. “Precisamos dos vigilantes nos hospitais, empresas e órgãos públicos que trabalham ao longo de todo o estado e uma das formas principais de locomoção, principalmente na Região Metropolitana é o transporte público.”

E terminou com um apelo: “Reconsiderem a ideia de paralisar o transporte público e que possam de fato, permitir que os vigilantes cheguem aos locais que precisam chegar para manter a ordem, a paz e a segurança desses estabelecimentos. Imaginem um hospital, sem segurança… Vai ser muito pior do que a situação que nós já nos encontramos. A segurança privada é considerada essencial, mas nós precisamos deslocar nossos trabalhadores até o local da prestação de serviço”, destacou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.