Cidades

Prefeito de Leopoldo de Bulhões pede ajuda ao governo estadual para conter surto de Covid-19

Entrou em vigor neste domingo (7) um decreto municipal que institui o lockdown em Leopoldo de Bulhões. De ontem para cá, somente serviços essenciais podem continuar funcionando. A medida foi tomada para evitar a crescente de casos na cidade de apenas 7 mil habitantes. No entanto, segundo o prefeito João Alecio Mendes, ainda há muita gente na rua.

De acordo com Mendes, o município não tem condição de fiscalizar o cumprimento das medidas de isolamento. Ele relata que Leopoldo de Bulhões conta com apenas uma viatura da Polícia Militar (PM), com dois efetivos, que cobrem, além da região urbana, outros dez distritos. As equipes de vigilância em saúde também são pequenas e, conforme o prefeito, tem sido desrespeitada pela população.

Nesta segunda, o prefeito relatou que viu aglomerações em frente às agências da Caixa Econômica Federal e nas lotéricas, apesar do decreto. Muitas pessoas, conforme o gestor, estavam sem máscara.

“Nosso efetivo é muito pequeno e não podemos contratar por conta da queda na arrecadação. A população leopoldense conhece todo mundo e não respeita o decreto, o funcionário que vai lá fiscalizar”, disse. Segundo Mendes, algumas pessoas chegam ao ponto de ameaçar as equipes da prefeitura em festas que ocorrem clandestinamente. “Se o governo (estadual) não intervir, não temos condição de combater o coronavírus”, lamentou o prefeito.

Mendes pediu ao Estado suporte das equipes de vigilância e aumento do efetivo de fiscalização militar, com PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, para assegurar o cumprimento das medidas de isolamento e garantir as regras de acesso à cidade nas três barreiras sanitárias instaladas nas entradas. “Se não colocarmos pessoas do Estado para atuar, ninguém respeita”, afirmou.

Escassez de testes

O prefeito relatou ainda que o número de testes em Leopoldo de Bulhões é muito pequeno. Segundo ele, a SES-GO distribuiu apenas 40 kits do RT-PCR, considerado padrão ouro para diagnóstico da Covid-19. Depois que eles se esgotaram, a prefeitura adquiriu 200 testes rápidos, de menor eficácia, que também estão acabando.

Atualmente, Leopoldo de Bulhões tem 25 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus e 60 casos suspeitos. Com menos de 8 mil habitantes, a taxa de casos a cada 100 mil pessoas é altíssima, de 287 casos. Em Goiânia, município com mais casos de Covid-19 no estado, esta taxa é de 168. “É difícil achar um município do tamanho do nosso com tantos casos”, alertou o prefeito. Ele ainda acrescentou que nenhum leopoldense precisou de leito hospitalar. Moradores da cidade que necessitarem de internação são transferidos para Goiânia ou Anápolis.

Rafael Tomazeti

Jornalista

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