Após o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) ter afirmado que foi procurado pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT) para que a cidade participasse mais das decisões da Saneago, o próprio prefeito colocou as necessidades de a gestão municipal atuar ativamente em ações tomadas pela empresa de saneamento, entre elas, o reajuste tarifário e a universalização dos serviços.
De acordo com o prefeito Paulo Garcia, não seria justo que fosse criada uma companhia municipal de saneamento, pois poderia interferir na situação de outros municípios, além de poder provocar a falência da empresa em curto prazo.
“Goiânia não pode se furtar em participar do desenvolvimento do Estado, seria muito cômodo para a cidade de Goiânia se desvincular da Saneago que seria sua falência quase que imediata e não participar do esforço do desenvolvimento de todo o estado, eu acho que Goiânia tem responsabilidade com o desenvolvimento do Estado de Goiás, portanto nós estamos dialogando com o governo do Estado”, argumenta.
Paulo Garcia afirma que já algum tempo vem conversando com o governador Marconi Perillo sobre o assunto. O prefeito avalia que não se trata de um assunto político, nem partidário, mas sim uma política de Estado.
Para o prefeito Paulo Garcia há a necessidade ser mais ativa nas decisões tomadas pela Saneago, já que Goiânia é o maior cliente da empresa de saneamento.
“Nós queremos participar mais ativamente do poder decisório, quando nós falamos em co-gestão, estamos falando em ter assento no conselho de administração, em ter um repasse de royalties mais adequado a nossa participação na composição final do complexo Saneago”, destaca.
O prefeito de Goiânia avalia pertinente a criação de uma agência municipal de regulação para que haja interferência direta na tarifação de água e esgoto em Goiânia.
“Nós estamos falando na criação de uma agência municipal de regulação que poderá aí sim interferir diretamente na tarifação da Saneago, não concordando com reajustes que sejam incompatíveis com a realidade econômica do Estado e do Município. Por isso que nos posicionamos contrários ao reajuste acima de 30%, em que o Estado já reviu posição”, argumenta.
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