Publicidade
Categorias: Cidades
| Em 8 anos atrás

Praça de pedágio causa polêmica em Cristalina

Compartilhar

Uma praça de pedágio, administrada pela concessionária Via 040, instalada no perímetro urbano de Cristalina, no entorno do Distrito Federal, tem causado polêmica na região. De acordo com a Prefeitura de Cristalina, os transtornos causados pela cobrança do pedágio e a morosidade no que diz respeito às melhorias nos trechos que cortam o município têm sobressaído aos benefícios dos impostos arrecadados.

No início do mês de março, o prefeito de Cristalina, Daniel Sabino, representantes do segmento agrícola e vereadores da cidade se reuniram com o diretor de Relações Institucionais da Via 040, Frederico Souza, para uma reunião, em que apresentaram as dificuldades e prejuízos causados pela presença da praça de pedágio.

Publicidade

De acordo com o produtor rural Henrique Gonzatti, o pedágio causa problemas financeiros e de logística. Segundo ele, torna-se impossível, por exemplo, trafegar pelo local com uma máquina colheitadeira. “Hoje para deslocarmos até nossas propriedades, temos que desmontar nossas máquinas. Uma vez que tornou-se inviável passar pelo pedágio, talvez nossa solução esteja em criar uma estrada alternativa”, disse ele.

Publicidade

Já para o prefeito, o prejuízo maior é para o bolso do cidadão. “Para se ter uma ideia, temos moradores do Distrito de Campos Lindos e Povoado de São Bartolomeu, ou até mesmo aqueles que moram pouco depois da praça de pedágio, que para vir à sede do município, chegam a pagar de duas até 4 tarifas. É inadmissível continuarmos enfrentando tal situação. Não estamos aqui para provocar um problema para a empresa responsável pela manutenção da rodovia, mas precisamos solucionar este impasse que tem prejudicado e muito, o cristalinense”, ressaltou Daniel Sabino.

Publicidade

No entanto, Frederico Souza argumenta que a Concessionária Via 040 cumpre as normas estabelecidas no contrato firmado junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres, ainda no ano de 2013. Segundo ele, a proposta inicial para a rodovia, visa construir algumas passarelas e um túnel na altura da Vila Andrade, mas não pode precisar exatamente o prazo para a execução da obra. Uma vez que, tudo está encaminhando para que a empresa devolva a administração da BR ao Governo Federal.

“Temos tido uma queda de aproximadamente 40%. Por outro lado, a iniciativa pública federal não tem repassado os valores necessário para os reais investimentos na rodovia. Tudo leva a crer que devolveremos a gestão da estrada ao sistema público. Com isso, torna-se impossível viabilizar qualquer tipo de quebra de valores ou atendimento privilegiado aos veículos com origem de Cristalina”, ressaltou Souza.

Publicidade

A Prefeitura de Cristalina abriu uma estrada alternativa para auxiliar os moradores no município, o que influencia na queda da concessionária, já que caminhoneiros e motoristas que não são moradores do município se aproveitam da via.

Publicidade