O PPS negocia uma parceria com o movimento Agora!, uma “start-up” política que pretende formar lideranças públicas e lançar candidatos à Câmara no ano que vem.
Segundo a reportagem apurou, o partido avalia que tem estrutura pronta para oferecer a nomes do Agora!. As conversas começaram em setembro e estão avançadas.
O movimento, por sua vez, precisa da barriga de aluguel se quiser entrar na rígida estrutura partidária brasileira.
O Agora! quer ter 30 candidatos a deputado no ano que vem. PPS, DEM e Novo são as siglas mais próximas do perfil desejado pelo grupo, criado neste ano por jovens ligados a movimentos de organização política surgidos depois de 2010.
Em comum a todas elas, muitas ligadas na origem à Rede de Ação Política pela Sustentabilidade, do empresário Guilherme Leal (Natura), está a desilusão com a formação da Rede de Marina. Até hoje a ex-senadora, de quem Leal foi vice na chapa em 2010, não conseguiu estruturar seu partido.
O uso de siglas para candidaturas ligadas a movimentos externos surgiu em 2016, quando o Movimento Brasil Livre lançou e viu eleitos alguns vereadores.
O Agora! é próximo também do RenovaBR, um grupo montado por empresários como Eduardo Mufarej (fundo Tarpon) e Abílio Diniz para bancar a tal formação de lideranças visando 2018.
O grupo pretende criar um fundo, dando R$ 5.000 para capacitar jovens interessados a entrar na política. Não existe ainda um formato fechado, mas a ideia já foi questionada no Ministério Público Federal pelo PT.
O movimento foi apadrinhado pelo apresentador global Luciano Huck, que nega ser candidato em 2018 embora tenha chegado a 3% de intenções para presidente em pesquisa Datafolha de maio.
Huck tem se aproximado do Agora! e conversou com lideranças do PPS recentemente, como o ministro Raul Jungmann (Defesa), na segunda (16). O flerte, contudo, não evoluiu por ora.
Ele já vinha falando com o Novo e o DEM, que tem ventilado que gostaria de ver Huck em seus quadros para 2018, uma vez que o namoro com o prefeito paulistano, João Doria (PSDB), deu uma esfriada após a onda de más notícias para o tucano.
Envolvidos nas negociações, contudo, veem mais uma estratégia dos democratas de valorizar o passe nas negociações com o PSDB, seja qual for seu candidato.
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