Os sindicatos de postos de combustíveis do Rio e de São Paulo disseram nesta terça (6) que as distribuidoras já iniciaram o repasse do reajuste promovido pela Petrobras nos preços da gasolina e do diesel na noite de segunda (5).
Se o repasse à gasolina ficar nos 3,4% previstos pela estatal, o impacto na inflação será de 0,12 ponto percentual, de acordo com estimativas do economista da FGV Andre Braz.
De acordo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), o repasse médio até agora é de R$ 0,10 por litro de gasolina e de R$ 0,15 por litro de diesel.
Na segunda, a Petrobras aumentou a gasolina em 8,1% e o diesel, em 9,5%. A estatal calculou que o repasse aos postos ficaria em ate R$ 0,12 na gasolina e R$ 0,17 no diesel.
“Mal receberam a informação do aumento de preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias, as principais distribuidoras de combustíveis já lançaram, em suas páginas eletrônicas, os preços majorados”, informou o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Rio (Sindicomb).
Os preços são livres e dependem de políticas comerciais de distribuidoras e postos. Nos dois últimos meses, quando a Petrobras promoveu cortes, porém, não houve redução no preço de venda aos postos.
Até a última sexta, sete semanas após o primeiro corte, o preço da gasolina nas bombas havia caído apenas 0,03% e o do diesel, 0,9%.
“Quero uma mesa redonda com todos os envolvidos. A gente tem que explicar isso para o consumidor”, reclamou o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia.
Braz diz que o impacto inflacionário deve se restringir a dezembro, sem repasse para o início de 2017. Ele prevê que, se o repasse for integral, a inflação deve fechar o ano em torno de 6,7%, acima da meta, mas abaixo de estimativas feitas até meados do ano.
“Não é tão preocupante porque a expectativa de inflação para este ano recuou bastante nos últimos dois meses”, diz.
Folhapress