Um estudo publicado neste domingo (20/12) aponta que há uma possibilidade de uma nova linhagem do novo coronavírus em circulação no estado do Rio de Janeiro. Os pesquisadores dizem ainda que por enquanto essa linhagem está restrita apenas à capital do estado.

De acordo com os pesquisadores esta “nova linhagem” seria oriunda de outra que já fora registrada no Brasil no início da pandemia chamada de B.1.1.28. Segundo o artigo, as mutações identificadas como C100UC28253UG28628UG28975U e C29754U aconteceram no RNA do vírus.

Publicidade

Segundo o artigo dos pesquisadores, essas cinco mutações foram encontradas no material genético do vírus em pelo menos 36, das 180 amostras sequenciadas pelos cientistas do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Publicidade

Os pesquisadores identificaram também uma outra mutação, a G23012A (ou E484K) na proteína S (Spike, ou espinho), que forma a coroa do vírus. É com ela, segundo especialistas, que o coronavírus se conecta às células das mucosas para infectá-las e se replicar.

Publicidade

Na segunda-feira o Reino Unido informou a descoberta de uma nova variante do vírus, com isso alguns países criaram medidas restritivas ao país — como proibição de voos oriundos de lá. No entanto, o artigo dos pesquisadores diz que essa variante carioca do coronavírus não é a mesma identificada no Reino Unido.

Os estudos apontam ainda que esta linhagem encontrada no Rio teria surgido em julho deste ano e fora identificada três meses depois.

Publicidade

Segundo reportagem do G1, Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, do LNCC, disse em um comunicado que os vírus com essa mutação foram encontrados em áreas próximas à cidade do Rio de Janeiro. Além da capital, foram identificadas amostras com a nova linhagem em Cabo Frio, Niterói e em Duque de Caxias. Segundo ela, não há indicação que essa linhagem seja mais transmissível ou que possa interferir na efetividade das vacinas que estão sendo desenvolvidas. Mutações são comuns no coronavírus e costumam surgir durante a replicação do vírus.

Publicidade