A posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, teve as presenças de três denunciados e pelo menos quatro investigados pela Procuradoria-Geral da República.
Na chefia do Ministério Público Federal, caberá a ela oferecer novas denúncias ou pedir o arquivamento de investigações iniciadas na gestão de Rodrigo Janot.
Na tribuna de honra da posse, ao lado de Dodge, sentaram-se o presidente Michel Temer e os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O primeiro foi denunciado na semana passada por obstrução judicial e organização criminosa. Os outros dois são investigados por irregularidades no âmbito da Operação Lava Jato.
Além do presidente, outro peemedebista denunciado que compareceu à cerimônia de posse foi o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), acusado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, que também esteve no evento, foi denunciado em março pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva relativa a contratos estaduais com a empreiteira Delta. Ele também é investigado na Operação Lava Jato.
Outros investigados que estiveram no evento foram o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e o senador Jorge Viana (PT-AC).
Todos os denunciados e investigados que compareceram à cerimônia negam as acusações.
Em discurso, Dodge defendeu a “harmonia entre os Poderes” como requisito para a estabilidade do país. Ela defendeu a necessidade de o Ministério Público combater a corrupção.
O ex-procurador-geral Rodrigo Janot não participou da solenidade, como ele já havia antecipado. (Folhapress)