Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (8), a titular da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), Maíra Barcelos, que investiga a morte da estudante Leidiane Teixeira, de 28 anos que caiu no momento em que a porta do Eixo Anhanguera se abriu em movimento, no dia 17 de agosto, disse que a conclusão, até o momento, é que a porta do veículo já apresentava defeito e estava desgastada.
A delegada explica que a peça de travamento da porta estava desgastada, assim, um simples movimento ou pressão a porta abria. Ainda de acordo com Maíra, dois motoristas da Metrobus já haviam relatados problemas na porta do veículo. O primeiro relato, segundo a titular da Dict, foi no dia 26 de julho, e no dia 11 de agosto, poucos dias antes do acidente, a Metrobus recebeu uma nova reclamação.
Conforme explica a delegada, ainda não foi possível analisar todos os dados para saber se quando foi solicitada a manutenção, ela foi prestada e de maneira adequada. Quanto ao motorista que dirigia o veículo no dia do acidente, Maíra explica que ele pode ainda ser responsabilizado pela a morte da Lidiane Teixeira, caso fique comprovado que, de alguma forma, alguma manobra ou algo que ele fez contribuiu para o acidente.
Portanto, as investigações continuam. Os motoristas que já haviam relatado problemas e outras testemunhas também serão ouvidas.
Em nota, a Metrobus disse que até então não foi informada sobre a conclusão do laudo pericial. Portanto, segundo a Companhia, irá se pronunciar somente para as autoridades responsáveis após receber o documento oficial.
A estudante de enfermagem morreu na manhã do dia 18 de agosto. Um dia antes ela caiu de dentro do ônibus do Eixo Anhanguera, em Goiânia no momento em que a porta se abriu. A vítima ficou internada no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo).
De acordo com o esposo da vítima, ela estava na porta da direita, e não na porta da esquerda, a que abre quando o veículo para na plataforma. Ele conta que a porta se abriu no momento em que o veículo fez uma curva. ” Ela caiu para fora do ônibus e bateu a cabeça”, conta o esposo.
Na ocasião, a Metrobus publicou uma nota lamentando o fato e informando ter começado uma apuração interna para identificar as causas do acidente. Segundo a empresa, nenhum de seus veículos roda com a porta aberta em função de um sensor que impede essa possibilidade. ”Inicialmente, já foi identificado que a porta estava fechada e em funcionamento normal no momento do acidente e abriu após sofrer um grande impacto”