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| Em 4 anos atrás

Porque mesmo com a vacinação em andamento, há o risco de uma terceira onda em Goiás e no Brasil?

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Mesmo com a vacinação andando no Brasil, autoridades sanitárias alertam para o risco de uma terceira onda em solo brasileiro. Em Goiás, por exemplo, o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino destaca que as altas nos casos que cidades do estado vivenciam caracteriza um “repique” de uma segunda onda da doença. 

Uma terceira onda da doença pode vir à tona por diversos fatores. O médico infectologista Marcelo Daher, ajuda a elucidar a questão. “Uma possível terceira onda com o surgimento de variantes importantes que escapam do sistema imune e a vacina passa a ter uma potência menor. A baixa cobertura vacinal, no Brasil ainda há uma cobertura vacinal pequena e o surgimento de variantes pode fazer com que uma terceira onda.”, pondera.

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O Brasil já aplicou um total de 77.473.099 doses da vacina contra a Covid-19. Destes, 23.630.516 já foram imunizados com as duas aplicações necessárias para garantir a eficácia total dos imunizantes. 

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25,45% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina. Em Goiás, esse número está na média e chega a 23,66%. Mas para garantir uma cobertura vacinal segura e coletiva, seriam necessário algo em torno dos 50 a 60%, garantem os pesquisadores.

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Para Daher, evitar o avanço da Covid-19 neste momento é fundamental e para isso é garantir a imunização coletiva da população. “A gente precisa garantir que tenha uma cobertura vacinal aqui seja acima dos 50%, para que a gente consiga no final do ano ter tranquilidade, senão o que vai acontecer aqui, pensando em coletividade, o que vai acontecer é busca por proteção individual e deixando a coletividade de lado. Coletivamente, se eu frear a transmissão todos terão benefício. Individualmente, se eu pensar na melhor vacina para mim e só pensando em me proteger eu não vou conseguir frear a transmissão. Tem essa diferença que precisamos colocar na balança e o momento é de pensar coletivo e não apenas individual”, reforça.

De nada adianta ter uma cobertura vacinal baixa em uma região. Tampouco uma pessoa vacinada pode estar segura se apenas ela está imunizada em contrapartida de um grupo grande. “O mundo está enxergando a importância de vacinar todos agora. Por isso esse esforço de doação de doses, para tentar frear o surgimento de novas variantes. Não adianta vacinar toda a Inglaterra e o mundo inteiro com novas variantes surgindo… A não ser que isole a Inglaterra e ninguém circule lá mais. E para ter a tranquilidade maior de circulação eu preciso vacinar o maior número de pessoas no mundo todo e não apenas num lugar”, garante.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.