Em entrevista ao jornalista Altair Tavares, na rádio Vinha FM, o vice presidente do sindicato das empresas do transporte coletivo, Décio Caetano, falou sobre o “desequilíbrio econômico” que levou à suspensão do benefício ‘Ganha Tempo’.
“Estamos tentando alertar o Poder Público, desde agosto de 2013, sobre as dificuldades que envolvem o transporte coletivo. Não fomos ouvidos e a situação se agravou com o Ganha Tempo. Apesar de ser uma ideia interessante, ela não se sustenta na Capital. Não há quem custeie este benefício”, afirmou Décio.
O vice presidente lembrou ainda que a decisão judicial não suspendeu, de imediato, o auxílio. “A Prefeitura e a CMTC têm até o dia 10 de janeiro para identificar uma fonte de recursos para o Ganha Tempo. Apenas no caso de não conseguirem, que ele será suspenso.”
A expectativa para que o programa continue é mínima já que, segundo Décio Caetano, existe um verdadeiro descaso, tanto do Estado quanto da Prefeitura, para solucionar as questões do transporte coletivo.
“Nosso setor, hoje, está completamente à deriva do Poder Público. O que há é uma verdadeira omissão. Não tínhamos mais a quem recorrer, por isso procuramos a Justiça”, explicou.
O próximo passo dos empresários será a busca pela indenização. O vice presidente deixou claro que os prejuízos assumidos pelas empresas deverão ser ressarcidos.
E a preocupação não para por aí.
O fim do Ganha Tempo expõe uma parcela mínima das reclamações dos empresários. A perspectiva para os próximos meses, como explicou Décio, não é nada favorável e a crise é iminente.