O Hospital Municipal de Pires do Rio foi notificado pela Vigilância Sanitária a realizar adequações na estrutura. De acordo com nota divulgada pela Prefeitura de Pires do Rio, a visita foi realizada após denúncia anônima à Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás (Suvisa). Com isso, o centro cirúrgico da unidade foi interdidato e apenas a ala ambulatorial manteve o funcionamento.
Por nota, a administração municipal culpa os antigos gestores pela “fragilidade estrutural da unidade”. O Diário de Goiás tentou entrar em contato com a secretária de Saúde de Pires do Rio, Karla Cristina de Miranda, mas não conseguiu retorno.
Funcionários da Prefeitura também informaram que como “sexta-feira o expediente encerra às 16h” não teria alguém para responder à reportagem.
“A Secretaria Municipal de Saúde vem esclarecer e tornar público que, por denúncia anônima à Suvisa, recebemos a visita da Vigilância Sanitária e fomos notificados para realizarmos algumas adequações estruturais no hospital. Problemas estes que vem sendo maquiados por administrações passadas e que agora, de forma responsável, serão sanados, visto que uma das primeiras medidas da atual administração foi a viabilização da construção de um novo hospital”, informou a nota.
Além disso, o esclarecimento da Prefeitura destacou que “nenhum cidadão piresino ficará desassistido no período de adequações do Hospital Municipal. Visto que é do conhecimento da população da fragilidade estrutural da unidade”, disse a nota, divulgada nesta quinta-feira (17).
No entanto, por falta de retorno da administração municipal, não há informações de quais são as orientações aos pacientes que precisam de intervenções realizadas no centro cirúrgico, qual a previsão de reabertura dessa parte da unidade, além da previsão de construção e inauguração do novo hospital.
Em janeiro de 2018 a Prefeitura recebeu novos equipamentos destinados ao Hospital Municipal, sendo nova lavanderia, processadora de imagens para raio-x, mesas cirúrgicas, camas, monitor cardíaco e equipamentos de escritório, ao custo de R$ 250 mil em emendas parlamentares.
Na rede social Facebook, diversas pessoas reclamam sobre a falta de atendimento em Pires do Rio. Na página da Prefeitura de Goiânia, uma mulher escreveu. “Nós moramos em uma cidade que jamais será boa. Dou minha cara a tapa se algo mudar na saúde em geral. Tenho provas de que estou em risco de vida e não tenho o respeito de um bom atendimento nesta cidade. Uma vergonha”.
Também por nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), responsável pela Suvisa, informou que “fiscaliza como rotina unidades de saúde em todo estado, avaliando os riscos que o estabelecimento pode oferecer à saúde da população, garantindo a segurança do paciente”.
Diante disso, foi realizado levantamento de dados sobre o Hospital Municipal de Pires do Rio, que “ainda é preliminar”, mas já foram sugeridas as adequações necessárias, que demandam certo tempo.
A SES-GO também informou que está interditado o centro cirúrgico da unidade e apenas a ala ambulatorial está em funcionamento. “A Suvisa aguarda o atendimento das devidas adequações por parte do hospital, para reabertura”, diz a nota.
O celular da prefeita de Pires do Rio, Cleide Aparecida Veloso da Costa, está desligado, asim como o da secretária de Saúde.
Atualizada às 17h41