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A divulgação de documentos da investigação da Operação Lavata Jato com informações de suspostas contribuições da Odebrecht para políticos é o assunto mais comentado na política. Os documentos que estavam com o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, foram divulgados e, logo depois, voltaram para o sigilo do processo, nesta terça. A lista também levantou polêmica sobre nomes de políticos goianos..

Nas planilhas são citados mais de 200 políticos brasileiros, de 18 partidos políticos, ao lado de valores e apelidos. Entre os citados, estão também políticos goianos como o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), governador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-senador pelo DEM, Demóstenes Torres.

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Segundo o documento, Paulo Garcia era chamado de Pastor e seria recebedor da empresa no valor de R$ 100 mil, sem explicação se trata-se de doação legal de campanha ou outro tipo de contribuição. Em outro arquivo é mostrado o nome governador Marconi e, ao lado,  pelo menos R$ 160 mil em setembro de 2010, e Demóstenes Torres (ex-Senador de Goiás), R$ 960 mil, também em setembro do mesmo ano.

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Os documentos foram publicados no blog do Fernando Rodrigues.

Em nota divulgada pela assessoria do prefeito de Goiânia, Garcia nega recebimento de contribuições que não sejam as que foram oficializadas. Veja a Nota:  

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“Na campanha eleitoral de 2012, quando fui candidato à reeleição, declarei todos os gastos e todas as arrecadações ao TRE conforme manda a legislação. No site do TSE é possível ver a lista de todos os doadores da minha campanha. Essa prestação de contas já foi devidamente aprovada. Afirmo com convicção que, nem na campanha eleitoral de 2012, e em nenhuma outra campanha que participei, recebi qualquer doação da empresa Odebrecht ou de suas subsidiárias. Na eleição de 2012, minha campanha recebeu a doação de R$ 3.562.500,00 do Diretório Nacional do PT, R$ 290.000,00 do Diretório Regional do PT e o restante conforme listado na prestação de contas do TSE. O Município de Goiânia, sob a minha administração, nunca teve nenhum serviço contratado junto a essa empresa. Reafirmo mais uma vez que todas as despesas de minha campanha foram as declaradas ao TRE. Não pratiquei na campanha de 2012 e em nenhuma outra quaisquer atos ilícitos”

Além disso, a Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, em São Paulo.

Segundo o jornal O Popular, as investigações detalham que o motorista de Jayme Rincón, o policial militar Sérgio Rodrigues de Souza Vaz, que faleceu no dia 31 de janeiro deste ano, em Anápolis, aparece em lista que indicaria o recebimento de pagamentos realizado por ordem do diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, Ricardo Ferraz, responsável pelas obras do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.

Em defesa de Perillo e Rincon, o diretório do PSDB de Goiás emitiu uma nota, também, enfatizando que o partido recebeu contribuições dentro da legislação eleitoral. Veja a nota:

“O Diretório Estadual do PSDB de Goiás informa que todas as doações para as campanhas de candidatos do partido nas eleições de 2010 e 2014 foram devidamente declaradas à Justiça eleitoral, efetuadas via transferência bancária e atestadas por recibos.

Afrêni Gonçalves Leite

Presidente do Diretório Estadual do PSDB de Goiás”.

 

 

Ainda de acordo com as investigações, foi registrado em planilha um pagamento de Ferraz a Sérgio, no valor de R$ 1 milhão em espécie, em 22 de outubro de 2014.

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