Na tarde deste sábado, 22, o promotor de Justiça de Goiás, Fernando Krebs, denunciou o que considerou uma ameaça de morte. Uma imagem copiada de um celular de uma mensagem distribuída no suposto grupo “Concurso PM-GO 2015”, no Whatsapp, seria a prova da ameaça ao integrante do Ministério Público goiano.
“Hoje eu queria dar um tiro de 12 semi-auto na cabeça do promotor crebs só para ver se ela tá funcionando, blz” (transcrição exata do texto, com erros), escreveu um participante do grupo. Na sequência, outro participante dá risada com a imagem de uma carinha alegre. Um outro afirmou: “quero só o levandowvisk”.
O promotor Fernando Krebs, ao saber da afirmação do suposto ameaçador, informou, nas redes sociais que já solicitou a prisão do policial e a apuração dos fatos.
Ao Diário de Goiás, Krebs informou que já recebeu outra ameaça de morte quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade da lei que criou o Servido de Interesse Militar Voluntário (SIMVE) na PMGO (Polícia Militar de Goiás).
Em outra comunicação via rede social, Krebs afirmou: “Não vão nos calar, nem nos intimidar. O MP não é lugar para cobardes (Ou, covardes)”.
O deputado estadual Major Araújo demonstrou insatisfação com a afirmação do integrante do SIMVE. “Isso mostra o risco que a sociedade corre com este tipo de gente”, disse, ao Diário de Goiás.
Segundo ele, a manifetação do integrante do SIMVE “é uma prova de que o programa foi errado e equivocado”. Sobre as ameaça, o deputado afirmou que é “preparado para isso. Senão, não tinha entrado na PM”. Ele não vai tomar nenhuma outra atitude e espera que as providências de investigação feitas pelo Ministério Público e o promotor Fernando Krebs esclareçam a situação.
Em entrevista ao jornal O Popular, o policial Cássio Carvalho afirmou que “Eu estava bastante nervoso na hora. Estava de cabeça quente, muito irritado, e acabei falando coisas que não devia”. Ele queixou-se do fim do SIMVE ao dizer que ““Estava contando em cumprir o contrato de 33 meses. Fiz um empréstimo consignado neste prazo. Agora estarei desempregado e sem renda. Nesta crise, com contas para pagar, não sei como vou fazer”. O policial denunciou, também, ameaças recebidas por pessoas não identificadas que atiram perto da casa dele.