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Policial civil mata empresário em briga de bar

Um policial civil de Goiás matou o empresário Gustavo Gero Soares, de 25 anos, em um bar de Taguatinga, e feriu, com disparo de arma de fogo, um amigo da vítima. Segundo informações do Correio Braziliense, apesar do crime ter ocorrido na tarde do último sábado (12), só ganhou repercussão na noite de terça-feira (15), por meio de publicações nas redes sociais de amigos e familiares dos baleados, que organizam uma passeata para depois de amanhã (19).

Em depoimento na delegacia, o amigo da vítima, Carlos Augusto Moreira Galvão, de 26 anos, relatou que o policial advertiu ele e o amigo por urinar em via pública. Ambos reconheceram o erro e pediram desculpas afirmando que não repetiriam o ato, no entanto, o policial proferiu injúrias racistas contra ele, o que provocou uma reação violenta.

De acordo com Carlos Augusto, Gustavo acertou um soco no rosto do policial, que caiu no chão e levantou indo em direção ao carro, onde pegou uma pistola calibre 40 e colocou na cintura. “Você tá ficando louco? Você vai atirar?”, perguntou Gustavo, disse ele no depoimento. Gustavo foi atingido por três tiros e morreu na hora.

Ao ver o amigo caído, Carlos partiu para cima do policial que atirou de novo, atingindo de raspão o braço esquerdo dele. Depois, o jovem levou uma coronhada na cabeça. Mesmo ferido, ele conseguiu desarmar o agente e desmaia-lo, com outro soco.

Nesse momento, policiais militares chegaram ao local do crime, Gustavo já estava morto, Carlos Augusto foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia e o policial, Paulo Roberto Gomes Bandeira, estava no Hospital Regional de Taguatinga, onde foi preso em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio.

Histórico

Conforme publicado pelo Correio Braziliense, Paulo Roberto Gomes Bandeira, de 51 anos, está a 27 anos na Polícia Civil, mas foi afastado para “tratamento de ansiedade” no Núcleo de Proteção a Saúde dos Servidor”, no entanto, “estava à disposição” da entidade em caso de necessidade, segundo a Polícia Civil do estado. O agente também ficou longe do trabalho por 17 dias em 2013, acusado de envolvimento em uma fuga de presos em uma penitenciária de Goiás.

Mesmo com atestado, o policial continuava com a pistola automática da Polícia Civil de Goiás, a mesma usada no crime. Por meio de nota, a corporação alegou que o servidor estava “em fase de avaliação”, portanto, a arma dele não foi recolhida. “A arma do policial só é retirada quando a perícia médica determina e a coordenação de proteção ao servidor não tem médicos, apenas psicólogos. Ele não estava com transtorno psicológico, mas fazendo terapia”, diz o texto.

Na delegacia, Paulo Roberto contou que estava no bar, onde teria bebido cinco latas de cerveja. Ele confirmou ter advertido os amigos e admitiu a ofensa racial, mas alegou ter atirado em legítima defesa, após ter levado um soco.

A Divisão de Comunicação da Polícia Civil do DF se limitou a informar, por meio de nota, que o caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) e as investigações serão conduzidas pela 17ª DP. Sobre o agente envolvido no assassinato, divulgou apenas as iniciais (PRGB), dizendo que ele foi “levado à DP e após os procedimentos legais, conduzido à carceragem da Delegacia de Polícia Especializada e que se encontra à disposição da Justiça”.

Laura Santos Braga

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