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Categorias: Mundo
| Em 8 anos atrás

Polícia suspeita de crime passional em desaparecimento de embaixador grego

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  A Polícia Civil do Rio suspeita que um crime passional esteja por trás do desaparecimento do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, 59. O diplomata foi visto pela última vez na noite de segunda (26), na casa de familiares de sua mulher, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A mulher, Françoise Amiridis, que é brasileira, foi à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense para prestar depoimento na manhã desta sexta (30). Durante a madrugada, um homem também falou à polícia. Não se sabe se ele é suspeito ou testemunha do crime.

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O delegado Evaristo Pontes, que investiga o caso, afirmou não acreditar que o embaixador tenha sido sequestrado. “A investigação segue algumas linhas, mas não trabalhamos com essa. Se fosse isso, os sequestradores já teriam feito contato”, disse.

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Kyriakos deixou a casa da família de sua mulher na noite da última segunda em um carro alugado e não foi mais visto.Na quarta (28), Françoise comunicou à Polícia Federal o desaparecimento de seu marido. A PF avaliou que o sumiço não tinha qualquer relação com a atividade diplomática de Amiridis no Brasil. Por isso, o caso foi encaminhado à DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), que tem um setor específico para investigações de desaparecimentos.

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Na noite de quinta (29), um corpo foi encontrado dentro de um carro cuja placa é a mesma do veículo que havia sido alugado pelo diplomata. O veículo estava queimado, sob um viaduto, no bairro da Figueira, em Nova Iguaçu. O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) da cidade para identificação.

Procurado pela reportagem, o Ministério de Relações Exteriores disse que não comentará o assunto, e funcionários do Consulado da Grécia no Rio não deram informações sobre o paradeiro de Amiridis. A Embaixada da Grécia ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso.Apesar disso, dois funcionários da embaixada grega em Brasília, que pediram para não ter seus nomes publicados, informaram à reportagem que a embaixada já acionou a polícia, o Itamaraty e o Ministério das Relações Exteriores da Grécia em busca de informações sobre o paradeiro do embaixador, que oficialmente está de férias até o próximo dia 9, quando deveria voltar ao trabalho na embaixada em Brasília.

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PAIXÃO PELO RIO

Amiridis é um apaixonado pelo Rio e já foi cônsul na cidade de 2001 até 2004. Em janeiro deste ano, ele assumiu o posto em Brasília. Nas suas folgas, ele costuma passar alguns dias no Rio. Um dos funcionários da embaixada grega em Brasília confirmou que a mulher de Amiridis tem residência na capital fluminense.

O embaixador é formado em direito pela Universidade de Aristóteles em Tessalônica, na Grécia. Sua carreira diplomática começou em 1985. Antes de assumir o posto em Brasília, ele foi embaixador da Grécia na Líbia por quatro anos a partir de 2012.

(FOLHAPRESS)

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