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Categorias: Cidades
| Em 8 anos atrás

Polícia registra em abril queda de 38 % no número de assassinatos em Goiânia

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Ao apresentar balanço de produtividade referente ao mês de abril, a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), registrou uma queda de 38 % no número de mortes violentas em comparação com o mesmo período de 2015.

Em todo o Estado, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP-GO), a queda foi de 17,25% no mês de abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

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Em Anápolis a queda também foi de 38%. Em Aparecida de Goiânia, este crime foi reduzido em 25%. Segundo a SSP, desde janeiro deste ano, essa modalidade de crime vem desacelerando em ritmo constante.

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Fazendo a análise do 1º quadrimestre de 2016 em relação ao mesmo espaço de tempo de 2015, a queda na capital em quantidade de homicídios foi de 13%.

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De acordo com o delegado titular da DIH, Douglas Pedrosa, esta redução se deve ao trabalho integrado das forças policiais. “Enquanto a Polícia Militar aumentou a presença nas ruas de Goiânia, a Polícia Civil intensificou as ações nos bairros”.

Douglas Pedrosa explica que o grande desafio é melhorar ainda mais esses indicadores. “Existe uma relação entre a sensação de impunidade por parte da sociedade e o aumento de crimes cometidos por vingança. Com muito trabalho e compromisso, felizmente estamos conquistando a confiança da população”, afirma.

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Produtividade da DIH

Em abril deste ano, o número de prisões, em razão de mandados expedidos pela Justiça, chegou a 37 pessoas. O levantamento aponta que a média dos doze meses anteriores fechou em 13,66. Em termos percentuais, o ganho de produtividade da DEIH, nessa base de comparação, chegou a 270,8%.

Entre março de 2015 e abril de 2016, a DIH solucionou 217 casos de homicídio. Foram registrados 551 homicídios no período, chegando a um índice de elucidação de 39,3%. Essa média de resolução é bem superior à média brasileira, que gira em torno de 6,5%. “A nossa expectativa é de fechar o ano de 2016 com percentual em torno de 55% de casos solucionados e com prisão de pelo menos 280 homicidas por meio de mandado”, diz o titular da DEIH, Douglas Pedrosa, referindo-se ao seu primeiro ano à frente da delegacia.

Quando se observa somente os números relativos ao mês de abril deste ano, a delegacia enviou 22 inquéritos policiais ao Poder Judiciário, com percentual de resolução dos casos de homicídios na casa de 52%.

No último período avaliado foram cumpridos 272 mandados de prisão pelo crime de homicídio. Deste total, 164 pessoas foram presas em razão de mandados de prisão – alguns presos tinham mais de um mandado de prisão – e outras 40 foram recolhidas por terem sido presas em flagrante pelo crime.

149 pessoas continuam presas, indicativo de que 73% desse total seguem atrás das grades. Os outros 27% foram colocados em liberdade por determinação judicial. Dos 55 envolvidos que obtiveram alvará de soltura, 14 morreram no primeiro ano após o crime cometido, assassinados por organizações criminosas ligadas às suas vítimas (o cruzamento de dados permite concluir que tais vítimas, por exemplo, em sua maioria, eram bandidos, por isso as tentativas de “vingança” por parte de tais organizações).

A DIH foi responsável pela elucidação de 86% dos inquéritos enviados ao Judiciário no período de março de 2015 a abril de 2016. Os outros 14% foram resultados de autos de prisão em flagrante efetuados por policiais militares e por policiais civis plantonistas.

Mais tempo na cadeia

Os presos por homicídio estão passando mais tempo na cadeia. É o que revela o levantamento da DIH ao mostrar que, em 2014, 53,2% deles permaneciam atrás das grades. Já nos últimos doze meses, quando leva-se em conta o início em março de 2015, esse índice subiu para 73%. “A manutenção dos presos por mais tempo nos presídios auxilia na inibição de novos crimes, uma vez que gera, nos criminosos, o receio de que serão descobertos e que permanecerão presos por mais tempo”, ressalta o titular da Delegacia de Investigação de Homicídios.

O delegado alerta para o fato de que, apesar das estatísticas mostrarem tendência de queda nos homicídios praticados na Capital e interior, há a necessidade de se dar continuidade ao trabalho sistêmico no combate a essa modalidade de crime, uma vez que a diminuição deste implica, obrigatoriamente, na redução dos demais. “A maioria dos homicidas costuma praticar outros tipos de crimes graves, como roubo e tráfico de drogas”, exemplifica.

Outro dado que chama a atenção são os inquéritos concluídos pela DIH. A maioria absoluta das vítimas de homicídio não tem antecedentes criminais, com o detalhe de que essa proporção vem crescendo a cada ano, esclarece o relatório feito com base nos inquéritos enviados ao Poder Judiciário. Em 2014, apenas 23,5% tinham antecedentes criminais.

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