Em operação realizada na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia do Rio prendeu cinco suspeitos de matar o torcedor do Botafogo Diego Silva dos Santos, 28, no dia 12 de fevereiro, no entorno do estádio do Engenhão.
A operação tinha o objetivo de cumprir 20 mandados de prisão de integrantes da Torcida Jovem do Flamengo, oito dos quais teriam participado da morte do torcedor.
Eles foram indiciados por homicídio e organização criminosa. Três suspeitos estão foragidos. Os outros 12 mandados são por outros crimes.
Os três foragidos são Wallace Motta, presidente da torcida organizada, Rafael Maggio Afonso, vice-presidente, e Fábio Pinheiro, conhecido como Playboy, diretor.
Foram presos Rafael Camelo, Vitor Portêncio, Adonai Santos, Rogerio Silva Guinard e Herbert Sabino de Paula. A reportagem não localizou a defesa dos suspeitos até o fechamento desta edição.
Durante a operação foram apreendidos objetos que, segundo a polícia, foram usados em brigas, como porretes, pedaços de pau com pregos cravados e fogos de artifício.
A Polícia disse ainda ter encontrado a camisa do botafoguense na casa de Portêncio.
“O acusado [Portêncio] permanecia com a camisa da vítima suja de sangue na casa dele 45 dias após o crime. Isso é uma prova muito importante. Esses integrantes de torcida guardavam camisetas, bandeiras e outros ícones como prêmios”, disse à imprensa o delegado Daniel Rosa, um dos responsáveis pelas investigações da Divisão de Homicídios.
CLÁSSICO DAS BRIGAS
O clássico entre Botafogo e Flamengo do dia 12 de fevereiro, pelo Estadual do Rio, foi marcado por uma série de confrontos entre torcedores.
O jogo aconteceu em meio a protestos de mulheres de policiais, que tentavam evitar a saída das equipes para as ruas da cidade.
O Botafogo, mandante da partida no Engenhão, reclamou da pouca presença de policiais e cogitou cancelar o evento, mas foi convencido pelas autoridades que o patrulhamento era suficiente.
Além da morte de Diego, pelo menos sete pessoas ficaram feridas nos confrontos.