A polícia do Reino Unido disse nesta segunda-feira (27) não ter encontrado evidências de que Khalid Masood, extremista que atropelou uma multidão e esfaqueou um policial na semana passada próximo ao Parlamento britânico, em Londres, tivesse relações com o EI (Estado Islâmico) ou a Al Qaeda.
Segundo o comissário assistente adjunto Neil Basu, o agressor tinha um claro “interesse pela jihad” (guerra santa), mas não era “objeto de atenção” das autoridades britânicas de contraterrorismo antes do atentado da última quarta-feira (22). Ele foi morto pela polícia após realizar o atentado.
“Seu método de ataque parece ser baseado em baixa sofisticação, baixa tecnologia, tecnologias de baixo custo copiadas de outros ataques, e ecoa a retórica de líderes do EI em termos de metodologia e de mirar policiais e civis, mas neste momento não tenho evidências de que ele discutiu [os planos de ataque] com outros”, disse Basu em um comunicado.
Masood, 52, era um cidadão britânico e tinha uma série de condenações prévias por agressões, porte ilegal de arma e crimes contra a ordem pública. Ele se chamava Adrian Russell Ajao antes de se converter ao islã e mudar seu nome para Khalid Masood.
As autoridades britânicas ainda tentam descobrir a origem de sua radicalização. “Eu sei quando, onde e como Massod cometeu suas atrocidades, mas agora preciso saber por que”, afirmou Basu.
O EI reivindicou a autoria do atentado em Londres e disse que Masood era um “soldado do califado”.
A mão de Masood, Janet Ajao, declarou nesta segunda que ela está “chocada, triste e abatida” pelas ações do filho.
“Eu não tolero as ações dele nem apoio as crenças que o levaram a cometer essa atrocidade”, disse ela em comunicado. (Folhapress)