A Polícia do Rio investiga a morte de uma criança de um ano e meio após uma médica ter se recusado a atendê-la, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
De acordo com a Polícia Civil, a família do menino Breno Rodrigues Duarte da Silva, que sofria de doença neurológica, diz ter chamado uma ambulância para socorrê-lo após o menino ter passado mal. Quando a equipe chegou, relata a família, a médica responsável se recusou a atendê-lo, dizendo que seu expediente havia acabado.
Imagens das câmeras de segurança do condomínio onde a vítima morava já estão sendo analisadas. Segundo a Polícia, há indícios dos crimes de homicídio culposo e supressão de documento.
“A médica, na situação em que teriam ocorrido os fatos, era agente garantidora da vida do bebê, por isso poderá responder por homicídio culposo com aumento de pena por inobservância de regra técnica de profissão”, diz a corporação, em nota. Serão ouvidos o porteiro, o motorista da ambulância e a própria acusada.
O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) abriu uma sindicância para apurar o caso. A ambulância pertence à Cuidar Emergências Médicas, que presta serviços para o plano de saúde Unimed-Rio. Em nota, a Unimed-Rio lamentou a morte e disse que tomará providências.
“A Unimed-Rio lamenta profundamente o falecimento do pequeno Breno Rodrigues Duarte da Silva e vem prestando apoio irrestrito à família nesse momento tão difícil. A cooperativa tomará todas as providências para descredenciar imediatamente o prestador ‘Cuidar’, pela postura inadmissível no atendimento prestado à criança. Além disso, adotará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em razão da recusa de atendimento por parte do prestador de serviço.” (Folhapress)