Todos os envolvidos no ataque da turista goiana que foi estuprada em Dumka, na Índia, foram localizados e presos pela Polícia Nacional indiana. Além dos sete denunciados pelo casal, mais um suspeito foi identificado, todos eles com idades entre 18 e 28 anos. Fernanda Santos e seu marido, Vicente Barbera, foram agredidos e roubados na última sexta-feira (1º) quando pararam para dormir em um acampamento durante viagem pelo país.
De acordo com informações da Agência Brasil, o superintendente da Polícia Nacional da Índia, Pitamber Singh Kherwar, afirmou que farão o possível para conseguir a pena máxima aos crimonosos. Ele assegurou que há provas suficientes para a condenação. Na Índia, o crime de estupro coletivo é punido com no mínimo 20 anos podendo chegar à prisão perpétua.
Nas redes sociais, Fernanda, que é influencer e possui um perfil onde compartilha seus conteúdos de viagem, falou sobre a prisão e pediu justiça. “Prenderam todos os criminosos. Eram oito no total. Tudo foi muito rápido e a polícia tem agido com tremenda eficácia. Só tenho que agradecer a todos que nos ajudaram e nos apoiaram. Peço justiça para todas as mulheres que também passam por isso. Todas merecemos o mesmo”, disse a vítima.
O casal de influenciadores, que já conheceu 66 países viajando de moto, afirmou nas redes que já acamparam em diversos países considerados perigosos, como Irã, Afeganistão e Paquistão, sem enfrentar problemas. Eles enfatizaram que é importante não generalizar a população indiana, destacando que há pessoas boas em todos os lugares.
Conforme a legislação da Índia, como indenização, o governo indiano deve pagar ao casal o valor de 1 milhão de rupias, o que equivale a aproximadamente R$ 60 mil. Com dupla cidadania, brasileira e espanhola, Fernanda recebeu toda a assistência da Embaixada da Espanha na Índia. O Ministério das Relações Exteriores informou que a embaixada do Brasil na Índia continua acompanhando o caso. “Seguiremos acompanhando todos os desdobramentos do caso, em estreita coordenação com as autoridades da Espanha e da Índia”, disse em nota.