Foi deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (21), a segunda fase da Operação Darkode. A ação tem o objetivo de apurar fraudes contra o sistema bancário, por meio eletrônico, além da negociação de informações úteis à prática de crimes cibernéticos. Segundo as investigações, o prejuízo estimado ao sistema bancário, por meio das fraudes tenham chegado a R$ 2,5 milhões.

A Delegada Débora de Barros Amorim contou como a quadrilha agia, “Os crimes consistiam basicamente em pagamentos de boletos fraudulento através de internet banking, ou seja invadiam contas de terceiros e faziam pagamentos de boletos de despesas da organização criminosa e consistiam também em abrir contas jurídicas pra emissão de boletos” explicou. O prejuízo ficava principalmente para os bancos, por que o correntista reclamava, entrava com um protesto de contestação e a partir do momento que o banco reconhecia a fraude, era feita a recomposição da conta.

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O líder da quadrilha, Daniel Augusto Bichute da Silva, cumpre pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia/GO, desde o ano em 2015, quando foi deflagrada a operação. Esta nova fase é resultado do laudo pericial que acabou de ser apresentado a Polícia Federal. A Delegada afirma que só agora se pode ter a dimensão do esquema fraudulento de Daniel. “Quando ele (Daniel) foi preso nós não tínhamos ainda noção da organização criminosa dele aqui em Goiás. A partir do momento que ele foi preso e foi apreendido materiais com ele e na sede da empresa dele, esse material agora passou por perícia e a partir do laudo que veio o desdobramento dessa segunda fase da Darkode” contou a Delegada.

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Daniel mantinha um alto padrão de vida, e todas as suas contas desde conta de gás a até o apartamento em que ele morava no Setor Marista foram pagos como o dinheiro fraudulento. “Ele montou um estilo de vida baseado praticamente em fraudes, ele pagava o que foi constatado e que já está no inquérito, desde fatura de gás do apartamento que ele morou, no valor de R$ 26,00 até pagamentos de fatura de um imóvel adquirido por ele no valor de R$ 1,3 milhões” contou a delegada.

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Mandados judiciais

Estão sendo cumpridos 37 mandados judiciais, sendo 04 mandados de prisão preventiva, 15 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão, em residências e em empresas vinculadas ao grupo investigado, com o objetivo de colher provas contra outros integrantes e beneficiários da organização, bem como identificar e apreender bens adquiridos ilicitamente.

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A operação ocorre em Goiânia/GO, Aparecida de Goiânia/GO, Anápolis/GO e Senador Canedo/GO, bem como nos Estados do Pará, de Tocantins, de Santa Catarina, Distrito Federal além de Estados Unidos e Inglaterra.

Primeira fase

Na primeira fase da operação, deflagrada em julho de 2015, foram cumpridos 07 mandados judiciais em Goiânia/GO, sendo 2 mandados de prisão e 1 de condução coercitiva, além de 4 mandados de busca e apreensão. A ação foi coordenada com forças policiais de diversos países contra hackers que se comunicavam por intermédio de um sítio eletrônico denominado Darkode.

Está prevista uma entrevista coletivaàs 9h30, no Auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, localizada na Av. Edmundo Pinheiro de Abreu, 826, Setor Pedro Ludovico, Goiânia – Goiás.

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