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A Polícia Civil investiga o caso do bebê trocado após o parto no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin). A polícia acredita que as roupas dos recém-nascidos foram trocadas. Além disso, existe a suspeita de que os bebês teriam sido colocados por uma funcionária da maternidade em berços ao lado das mães invertidas.
Três funcionárias do Hutrin foram ouvidas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (31/07), e negaram que tenham cometido qualquer erro que possa ter ocasionado a troca dos bebês.
De acordo com a delegada Renata Vieira, responsável pelo caso, elas disseram em depoimento, que não acreditam que o hospital tenha culpa no caso porque a equipe segue um sistema padrão para assegurar que problemas como esse não ocorram.
Com o resultado do exame e com o depoimento das três funcionárias, a delegada disse que vai avaliar se há necessidade de ouvir outros funcionários da equipe, que tinha 15 profissionais atuando no dia do plantão que os meninos nasceram.
Ainda segundo a delegada, até o momento trabalha com a investigação baseada no Art. 229 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê penalidade para quem não identificar corretamente o bebê e a mãe após o parto.
“Trabalhamos com a hipótese de ter sido culposa a troca [quando não há intenção]. Após a conclusão da investigação, vamos enviar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) sobre o caso à Justiça”, disse Renata, esclarecendo ainda que o TCO é um “registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo”.
A polícia também esperava analisar imagens de câmeras. Porém, na terça-feira (30/07), a delegada foi informada pelo Hutrin que as imagens de câmeras da maternidade não estão mais disponíveis, já que ficaram armazenadas por 10 dias e foram automaticamente apagadas.
À espera do DNA
As crianças nasceram em 9 de julho, e os pais do bebê que foi trocado aguardam o resultado do exame de DNA que identificará se o filho deles está com a família do recém-nascido que ficou no mesmo quarto.
Com a desconfiança de Genésio e Pauliana Maciel Aguiar de Sousa, de que o bebê não era o deles, os dois resolveram fazer um exame de DNA, que aconteceu em 22 de julho, quando o recém-nascido estava com 13 dias de vida. O resultado saiu na última sexta-feira (26/07), comprovando que não era realmente o filho biológico. Foi ai que, resolveram registrar o caso na Polícia Civil.
No dia do parto, 16 crianças nasceram na maternidade. A suspeita da troca se espalhou rapidamente. Aline de Fátima Bueno Alves e Murillo Praxedes Lobo, que tiveram filho na mesma data e que estavam no mesmo quarto, também procuraram a delegacia.
Aline e o marido moram em Santa Bárbara. Na última segunda-feira (29/07) foram colhidas amostras genéticas dos dois casais e dos bebês para o exame de DNA.
O Hutrin reconheceu a troca e informou que passou a manter contato com as famílias. Desde segunda-feira, os casais decidiram ficar na mesma casa até que o resultado do exame saia.