Pelo menos 41 detentos que escaparam do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Bauru (km de SP) seguem foragidos desde a última terça-feira (24), após uma rebelião deflagrada na unidade.
A unidade prisional é para detentos do regime semi-aberto -no qual os presos podem sair para trabalhar ou estudar, mas devem retornar às celas para dormir.
Durante o motim, boa parte da unidade foi incendiada.
Segundo comunicado da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), até o fim desta manhã (26), 111 dos 152 presidiários que fugiram na terça foram recapturados.
Parte dos presos será transferida para outras unidades de regime semiaberto, já que parte dos alojamentos deverão ser desativados.
“O restante da população [de presos] está abrigada nos alojamentos que não sofreram avarias ou que foram pouco danificados. Todos os presos envolvidos no episódio e os apreendidos regredirão ao regime fechado”, diz nota da SAP.
CELULARES
O tumulto de terça ocorreu durante revista de rotina, quando um agente penitenciário flagrou um preso se comunicando por meio de celular. Não houve reféns.
Conforme a legislação brasileira, unidades de regime semi-aberto não são obrigadas a ter muralhas -apenas alambrados- nem segurança armada.
“A permanência do preso nesse regime se dá mais pelo senso de autodisciplina do preso do que a mecanismos de contenção”, diz nota da secretaria.
O CPP, antigo instituto penal agrícola de Bauru, fica numa área de fazenda. Atualmente, 208 presos trabalham fora da unidade, exercendo atividades externas, outros 65 em empresas dentro da unidade e 358 trabalham em atividades de manutenção do próprio presídio.
(Folhapress)