Um apelo por “luta nas ruas” e a “radicalidade democrática” deram o tom do “esquenta” para o discurso de Lula na Esquina Democrática, praça em Porto Alegre que tem ato a favor do ex-presidente nesta terça (23), véspera de seu julgamento no TRF-4.
Líderes da esquerda se alternaram em falas que pediam maior engajamento no movimento que tem como slogan “Eleição sem Lula é fraude”.
O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, voltou à carga contra a ideia de uma militância passiva. “Se acham que vão encontrar uma esquerda frouxa, acomodada, tenho um recado para vocês: pode vir quente que a gente tá fervendo.”
Na mesma toada seguiu a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann: “Ou a gente acelera o passo, firma a luta para defender a democracia, ou eles vão passar como trator por cima de nós”.
“Dizem que somos violentos, mas não falam nada quando Bolsonaro vai às redes sociais e diz que tem que armar a população, que bandido bom é bandido morto”, afirmou Gleisi sobre o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro.
“Não venham pra cima trucando porque vamos aceitar o truco”, continuou a senadora, que evocou a necessidade de “radicalidade democrática” e responsabilizou a direita por eventuais episódios de violência que se desenrolem caso Lula seja condenado pela corte gaúcha.
Dirigentes de vários partidos do campo progressista foram ao palco falar em defesa ao ex-presidente, como o senador Capiberibe (PSB) e o nome do PC do B para a eleição presidencial, Manuela D’Ávila.
Lula chegou escoltado por uma viatura policial, por motivos de segurança, o que motivou piada de militantes que testemunharam seu desembarque: “Ih, já colocaram o homem no camburão”.