Será lançada nesta segunda-feira (11) uma campanha contra a pobreza menstrual em Goiânia. A ação foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA), em parceria com o Colégio Arena e a Promillus.
A campanha foi batizada de Movimento Um Novo Ciclo Começa. Segundo a prefeitura, a intenção é mobilizar a comunidade, pessoas jurídicas, organizações não governamentais e entidades públicas federais, estaduais e municipais em defesa da dignidade e contra os estigmas sociais da menstruação.
Pontos de coleta para doações de absorventes e coletores menstruais serão montados como parte das ações. Para combater a pobreza menstrual, também haverá movimentação nas redes sociais, com promoção de conteúdos informativos.
De acordo com a secretária Drª Cristina, “o Movimento Um Novo Ciclo Começa é um importante para a construção de caminhos e políticas que contemplem todas as pessoas que menstruam. Além disso, refletem uma demanda social que já foi pautada no Conselho Nacional de Direitos Humanos como prioridade no final do ano de 2020”.
O movimento visa articular parceiros a nível local, regional e nacional para a arrecadação de itens de higiene menstrual. Escolas, supermercados, drogarias, hotéis, restaurantes, entre outras organizações e setores estão convidados a firmar um pacto pela dignidade menstrual.
O debate sobre a pobreza menstrual ganhou força após o presidente Jair Bolsonaro vetar a distribuição gratuita de absorventes pelo SUS. A ideia era beneficiar jovens estudantes e mulheres em situação de vulnerabilidade. A justificativa é de que o projeto não apresentava fonte de renda para arcar com os custos.
O governo foi muito criticado e indicou que vai voltar atrás. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o veto é “candidatíssimo a ser derrubado” pelo Congresso Nacional.
Após o veto do governo federal, o governador Ronaldo Caiado anunciou a distribuição gratuita de absorventes em Goiás. Segundo Caiado, a pobreza menstrual é um dos motivos que eleva a evasão escolar.
Caiado afirmou que as Secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social já estão desenvolvendo um projeto para viabilizar a distribuição.