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PMs são indiciados por morte de refém e fraude de provas

 

Dois dos quatro policiais militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) que estiveram na cena do crime de uma falsa troca de tiros em Senador Canedo, foram indiciados pela Polícia Civil. Na ocasião, PM’s mataram um menor e um Tiago Ribeiro Messias que foi feito refém. A conclusão das investigações é que um soldado será julgado por homicídio doloso, pela morte de Tiago e segundo a Polícia Civil, um sargento foi responsável por alterar a cena do crime.

Veja:

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Relembre o caso

Segundo o titular do Grupo de Investigações de Homicídios de Senador Canedo (GIH), Matheus Noleto, a Polícia Civil identificou que os dois disparos que atingiram Tiago saíram de uma única arma de um soldado. Foi confirmado que na ação não houve tiro na direção dos policiais.

“A polícia que foi vítima do roubo foi morta por disparo da arma de um dos policiais. Dois policiais sequer atiraram e outro forjou a cena do crime”, explicou.

Fraude nas provas

Em relação a fraude nas provas, de acordo com o delegado Matheus Noleto, o sargento responsável pela ocorrência decidiu por conta própria alterar a cena do crime. Segundo as investigações, não há indícios de que os militares tenham combinado a fraude, e que o ato foi praticado somente por um deles.

“Foi uma ação isolada por parte de um deles. Não foi nada ajustado entre eles. Só aquele que efetuou os disparos de dentro pra fora que foi indiciado por fraude processual”, destacou o delegado.

Menor

Em relação a morte do menor, o entendimento da Polícia Civil é que houve legítima defesa por parte dos policiais. No momento em que o menor foi cercado pela polícia, ele estava com uma arma em mãos e poderia atirar nos policiais militares, por isso, foi caracterizado como legítima defesa. Pelo menos sete tiros atingiram o menor.

 Foi comprovado que o infrator esteve na casa de Tiago um dia antes, ajudou a praticar um assalto, retornou no dia seguinte e acabou roubando um gol modelo G4, utilizando o veículo na fuga.

Prisão

A Polícia Civil concluiu inquérito no último dia 29. O caso foi encaminhado para ser julgado pelo judiciário. O delegado explicou que não houve a necessidade de se pedir a prorrogação da prisão temporária dos militares, levando em consideração o bom histórico que eles tinham. No entanto, os PMS continuam presos, por conta da auditoria militar.

Falha na informação

De acordo com o delegado, um fato que não foi possível comprovar é se houve ou não falha na informação repassada pelo Copom da PMGO. Inicialmente, o Copom teria informado que havia sido roubado um Gol geração 5 cor branca e a equipe do GPT recebeu informação a partir da viatura da área de que se tratava de um gol G4, também de cor branca, modelo que estava em posse do menor.

Matheus Noleto disse que a divergência não compromete o teor das investigações. Ele solicitou informações ao comando da PM, mas não obteve respostas. A reportagem também não conseguiu respostas sobre este tema.

Relembre o caso

O caso ocorreu na tarde do sábado, 25 de novembro. Tiago foi abordado por um criminoso no período da noite, na chácara onde mora com a família, em Senador Canedo. As informações do caso são de que ele foi obrigado a entrar no carro e dirigir para o assaltante, que entrou no banco do passageiro.

 A esposa de Tiago, Rovena Gonçalves, informou a PM que o marido foi levado. Um dia antes do assalto, a família tinha sido vítima de roubo mesmo local. Na ocasião, foi levado outro carro da família.

Militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) da PMGO foram informados, que um Gol, havia sido roubado na Vila Galvão. O veículo foi localizado já na área central de Senador Canedo.

 No cruzamento das Avenidas Dom Emanuel e Progresso, o carro, que de acordo com a PM seguia em alta velocidade, foi cercado pela equipe do GPT. Foi aí que ocorreu a ação. Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o suspeito já morto no local, ao lado do veículo.

No interior do carro, estavam o auxiliar de produção Tiago Ribeiro Messias, 31, e o adolescente infrator, que morreram no local. Imagens de câmeras de sistemas de vigilância mostram um dos policiais entrando no carro e disparando seis tiros no para-brisa, de dentro para fora. No vidro do carro havia ao menos 18 marcas de tiros.

 

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Samuel Straiotto

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