Publicidade
Categorias: Leandro Mazzini
| Em 10 anos atrás

PMDB: O quartel e os três bombeiros

Compartilhar

Não foi ego e medo de perder o Poder que fizeram o vice-presidente da República, Michel Temer, reassumir o comando do PMDB. Em alguns Estados há iminente rebelião contra o PT – mesmo com palanques aliados ou separados. Temer reuniu-se ontem em Brasília com o deputado federal Eduardo Cunha (RJ) e o Henrique Eduardo Alves (RN), dois dos líderes partidários atualmente, para evitar incêndios que possam chamuscar o palanque nacional da presidente Dilma e enfraquecer sua candidatura.

Balança
O racha do PMDB – entre Dilma e Aécio – motiva as preocupações. Rio de Janeiro, Pará, Paraná e Maranhão são alguns casos avaliados.

Publicidade

Coringa
A despeito de Dilma dele não gostar, não será surpresa se Eduardo Cunha surgir como o presidente do PMDB daqui a dois anos. Primeiro, disputará a presidência da Câmara.

Publicidade

Aliado é isso aí!
Dilma não precisa de opositor no Paraná. O PT atua nisso. Um candidato a deputado federal, Ivo Pugnaloni, desancou o governo em carta sobre crise no setor elétrico.

Publicidade

Na terra de Campos..
Em Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) vai dando o troco em Aécio Neves (PSDB) – que o deixou sem palanque em Minas ao fazer do prefeito socialista de BH aliado dos tucanos. No Recife, Aécio perdeu o apoio de praticamente todos os tucanos de peso: a maioria, inclusive deputados federais e estaduais, desembarcou de vez na campanha de Paulo Câmara (PSB), o candidato de Campos ao Palácio das Princesas.

…quem manda é ele
Os tucanos mal citam Aécio para presidente da República. E os materiais de campanha do PSDB o tucano presidenciável não aparece. Tudo parece trato de compensação entre Campos com Aécio pelos dois Estados, mas não é. É rivalidade mesmo.

Publicidade

Ôh, coitado!
Denilson Teixeira (PV-MG), empresário de Arcos, se mudou para Brasília e ainda levou a mãe, crente que se tornaria deputado federal. Quarto suplente na eleição de 2010, viu o cargo cair em seu colo pela indisponibilidade dos outros suplentes. É que o eleito, Antônio Roberto, se aposentou, mas a vaga caiu para o PDT – que estava na coligação.

Trem mineiro
Primeiro, assumiu Mario Heringer, e agora o Subtenente Gonzaga, ambos do PDT. O PV entrou no STF contra a decisão da Câmara. O Ministro Marco Aurélio decidiu, em liminar, que a vaga é do PV, mas nada andou desde a Copa e o recesso parlamentar. Mas agora a Casa quer ‘ouvir’ o deputado pedetista antes…

Só no aperto
Prova de que as leis no Brasil – e os políticos – só funcionam no aperto. Só às vésperas da visita do presidente chinês Xi Jinping semana passada, o Senado aprovou em plenário o Acordo de Extradição Brasil-China, assinado em… 2004 pelos dois países.

O plano trimestral
Tancredo Neves já surfava na onda da popularidade em todo o país, após a famosa campanha Diretas Já, e era o favorito, tanto no Congresso quanto pelo desejo popular, para ser alçado à Presidência da República com a redemocratização. Em outubro de 1984, ele foi em companhia do neto Aécio Neves ao círio de Nazaré, convidado das autoridades, e foi ovacionado pelo povo quando passava num carro.

Assustado com aquela cena inédita, o neto o perguntou, ao ouvido, já o dando como eleito no colégio de parlamentares:

– Meu avô, olha isso, o que o senhor vai fazer com toda essa popularidade?

E o velho, com ponta de sorriso, retribuiu aos ouvidos do neto:

– Vou gastar em três meses.

Aécio depois entenderia. Antes de morrer, e com a expectativa de ser presidente, Tancredo já esboçava uma dura reforma sócio-econômica para os três primeiros meses de seu futuro governo, possivelmente até com medidas impopulares, para ajustar o país. Não deu tempo. E nunca ninguém soube o que planejava

Ponto Final
Um ano depois, o Gigante adormeceu. Ou apagou de vez.
______________________________
Com Equipe DF, SP e Nordeste

Publicidade