Condenado pelo assassinato do radialista Valério Luiz, o policial militar da reserva Ademá Figueiredo Aguiar Filho se apresentou neste sábado (15) no Presídio Militar. Ele cumpriu ordem de prisão do juiz Lourival Machado da Costa, da 4ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida do Tribunal de Justiça de Goiás, expedida na tarde de sexta (14), estando agora em reclusão.
Ademá foi condenado a 16 anos de prisão acusado de atirar e assim matar o radialista em 2012, quando Valério Luiz saía do trabalho. As investigações que levaram à condenação concluíram que o PM aposentado obedecia ordens do representante cartorário, Maurício Sampaio, que era vice-presidente do Atlético Clube Goianiense. A denúncia aponta que Sampaio estava insatisfeito com as críticas do radialista e, para calar Valério Luiz, decidiu eliminar o profissional da imprensa.
Como mostrou o Diário de Goiás na sexta, após uma concessão de Habeas Corpus aos réus, o Ministério Público interpôs reclamação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), restabelecendo o decreto de prisão. Com isso, a sentença começou a valer a partir da tarde de sexta.
A Justiça também expediu um mandado de prisão contra Maurício Sampaio, condenado como mandante do crime. O mandado permanece em aberto porque, segundo o advogado de defesa, Ricardo Naves, a Justiça foi comunicada que Sampaio não poderia se apresentar por enquanto porque está viajando e retorna na quinta-feira (20). Com isso não está caracterizado que ele está foragido da Justiça.
Naves tem dito que o cliente também vai se apresentar para cumprir a determinação judicial, embora mantenha a disposição de recorrer da sentença e está buscando outra medida jurídica para evitar a prisão.
Após diversas reviravoltas no caso, em 2022 um júri popular condenou os acusados de organizar o assassinato do radialista.
Veja os crimes e as penas: