Cerca de 50 manifestantes a favor de uma intervenção militar invadiram o plenário da Câmara na tarde desta quarta-feira (16).
Eles quebraram a porta de vidro do plenário e interromperam a sessão presidida pelo primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA).
Os manifestantes dizem não pertencer a nenhum grupo organizado e se recusam a passar mais informações sobre ele.
Do alto da Mesa da Câmara, gritam “viva Sergio Moro” e “queremos general”. Houve empurra-empurra com seguranças.
“Eles estão todos loucos. E tem gente armada aí dentro”, afirmou o deputado Beto Masur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, que estava negociando com os manifestantes.
“Tem muita gente drogada e tem gente armada sim”, disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
Deputados que estavam no plenário da Câmara no momento da invasão foram orientados pela polícia da casa a deixar o local porque alguns manifestantes estariam armados. De acordo com o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), a sessão desta quarta-feira estava em curso quando os manifestantes quebraram a porta de vidro.
Ele relata que no momento que os manifestantes entraram o tablet de um parlamentar caiu no chão e o servidor que se abaixou para pegá-lo foi chutado. “É uma situação absurda, que nunca vi no Parlamento. Não acredito que neste primeiro momento haja abertura para uma saída pacífica”.
O deputado disse que a bandeira do Brasil que fica no plenário foi arrancada e jogada no chão.
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) também foi orientada a deixar o plenário. Ela disse que, além da presença de um general, os manifestantes passaram a cobrar a presença do presidente Michel Temer. “Eles estão chamando o presidente dizendo que é o povo quem manda e xingando os deputados”, disse.
Folhapress