O repertório apresentado tem forte presença dos instrumentos de percussão. Para Ana Cláudia Barbosa, integrante do naipe de percussionistas da Orquestra Jovem, o repertório da turnê valorizou esses instrumentos. “Na música brasileira a percussão está sempre à frente o tempo todo, fazendo marcação com instrumentos como o pandeiro, o caxixi, entre outros. Estamos mostrando o Brasil aqui na China e na música brasileira a percussão é muito viva”, disse. Sobre a reação dos chineses, Ana Cláudia cita como exemplo uma das músicas finais. “Quando a gente toca Tico-tico no Fubá eles interagem batendo palmas e, no final, sempre querem ver os instrumentos que estamos tocando. Então, dá pra ver que estão gostando muito”, conclui.
Segundo o violinista Eliel Ferreira, spalla da turnê e um dos regentes da Orquestra, a experiência está sendo sucesso total. “Nós não esperávamos um resultado tão bom. A cada concerto a orquestra tem dado o seu melhor, tem se superado, e o saldo da turnê está sendo muito positivo”, afirma. Ele destaca também a importância dessa experiência para os músicos: “A turnê vai significar uma mudança de expectativas e uma nova visão de mundo para esses jovens. Muitos deles nem tinha saído de Goiás e os trouxemos para tocar na China, um choque cultural muito grande. Tenho certeza que cada um vai voltar com vivências muito importantes para a continuidade de suas carreiras artísticas”, disse Eliel. Sobre o retorno institucional para a Orquestra, Eliel Ferreira afirmou que foram feitos muitos contatos, gerando novas oportunidades para projetos futuros.