Aguardado para ser lançado na Mobile World Congress 2017, em Barcelona, nesta semana, o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT) teve mais um capítulo revelado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, nesta segunda-feira (27). O evento na Espanha é um dos principais do mundo da tecnologia.
Segundo o ministro, houve confusão sobre o anúncio. O ministério chegou a informar que as diretrizes do programa e até um esboço do plano de ação seriam anunciados durante a feira, mas isso só deve ocorrer em setembro, quando fica pronto o estudo encomendado pelo governo a uma parceria entre BNDES e uma consultoria privada, a um custo de R$ 17 milhões.
“A conclusão do estudo só acontece em setembro, quando, depois de ouvirmos a comunidade e o setor, em uma série de etapas, lançamos as diretrizes e o planos de ação para ser colocado em prática”, comenta Kassab, que explica que a primeira etapa -a ser concluída ainda em março e anunciada nesta segunda- é uma mini-consulta pública sobre iniciativas em IoT no país.
A segunda fase, que define as aspirações do país na empreitada, deve ser bastante definitiva para o Plano, já que assume o tipo de frente a investir: software ou hardware. “Seja em internet das coisas, seja em 5G, vamos correr em paralelo a outros países, talvez haja sim um delay, mas não ficamos para trás”, comenta o ministro, que garante que o cronograma é razoável e assume que possíveis atrasos podem ocorrer.
O Ministério estima que, até 2025, a Internet das Coisas tem potencial para gerar até R$ 200 bilhões no país. O plano de ação deve levar até cinco anos para ser implementado após a definição.
Ainda na Espanha, o governo deve assinar nesta terça (28) um memorando para o desenvolvimento de 5G entre o Projeto 5G Brasil, formado pelo governo e empresas do setor, e a 5G Infrastructure Association, uma iniciativa europeia.
“É uma aproximação para definirmos o modelo que queremos para desenvolver e implementar o 5G no Brasil, acompanhando um cronograma mundial. Além da Europa, ainda vamos firmar termos com Estados Unidos, Coreia do Sul e China, estamos abertos a entender qual modelo operar”, comenta o Secretário de Políticas de Informática Maximiliano Martinhão.
A Coreia do Sul é um dos países com maior avanço na área de 5G, um dos temas mais fomentados da Mobile World Congress. Espera-se que até 2020 redes experimentais já estejam funcionando no país. (Folhapress)