A multa aplicada ao Partido Liberal (PL) no valor de quase R$ 23 milhões pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmada pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inviabilizou o pagamento do aluguel do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, o valor da multa deixou o partido sem condições de arcar com o aluguel do presidente.
A punição foi decorrente do pedido do PL para que o TSE invalidasse os votos, somente do segundo turno das eleições presidenciais, de modelos de urnas fabricadas em 2009, 2011, 2013 e 2015, sob alegação de que as urnas estavam com desconformidades de mau funcionamento irreparáveis. Alexandre de Moraes entendeu que houve intenção de incentivo a atos antidemocráticos e contestatórios do sistema eleitoral brasileiro por parte do partido.
Após a decisão do TSE, o PL teve as contas bancárias bloqueadas e os recursos do Fundo Partidário estão sendo usados para pagar o valor. De acordo com Gilherme Amado, todos os meses, até março de 2023, o partido deverá prestar contas sobre os gastos ao TSE e o montante que restar após o pagamento das despesas administrativas será confiscado.
Desta forma, a situação compromete o pagamento do aluguel de Bolsonaro, conforme acordo do partido com o presidente. Somente após o mês de março, data estipulada pelo PL para a quitação total da dívida, o contrato do imóvel poderá acontecer.
Com informações do Metrópoles