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Brasil
| Em 9 meses atrás

PL dos motoristas de aplicativo: entenda o que muda para trabalhadores e empresas

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O novo Projeto de Lei (PL) assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete regulamentar o trabalho dos motoristas de aplicativo. A proposta foi enviada para votação no Congresso Nacional, e caso seja aprovada, passará a valer após 90 dias. Se isso acontecer, o que muda para os trabalhadores e empresas? A lei garante a negociação entre patrões e trabalhadores via acordos coletivos, inclusão obrigatória na Previdência Social, valor mínimo de remuneração, entre outras mudanças.

O projeto prevê a criação da categoria “trabalhador autônomo por plataforma”, que vai garantir que os motoristas de aplicativo possam contribuir no INSS e terem direitos trabalhistas. Assim sendo, as mulheres poderão receber auxílio-maternidade, haverá limitação de 8 horas de jornada de trabalho, podendo chegar ao máximo de 12 horas, além de extinção do acordo de exclusividade às plataformas e direito garantido à renda mínima.

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Benefícios

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a nova lei deve impactar, ao menos, 704 mil motoristas de aplicativos de quatro rodas, no Brasil. Além das especificações de direitos do trabalhador, o projeto de lei ainda estabelece um valor mínimo a ser pago por hora trabalhada de R$ 32,90, sendo R$ 24,07 para cobrir os custos do trabalho (gasolina, internet, manutenção do veículo, etc.) e, por isso, com caráter indenizatório, e R$ 8,03 de remuneração efetiva para o trabalhador.

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A iniciativa deve consolidar também os acordos ou convenções coletivas como principal instrumento de negociação entre plataformas e motoristas. Atualmente, devido ao caráter dessa relação intermediada pela plataforma, não há uma mesa de negociação entre as partes que permita a apresentação de reivindicações coletivas da categoria, mas a partir da aprovação, benefícios ou direitos não previstos no PL, como plano de saúde, seguro de vida ou horas extras, poderão ser negociados.

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Ademais, pelas regras, todos os trabalhadores serão obrigatoriamente enquadrados no Regime Geral de Previdência Social. A inclusão obrigatória de todos os trabalhadores no INSS dará direitos a benefícios como auxílio doença e licença maternidade e também garantirá direito a aposentadoria.

Visão das empresas

Em nota à Agência Brasil, a Uber, uma das principais plataformas no Brasil, afirmou que considera o projeto de lei como um importante marco e que valoriza a negociação dos direitos dos motoristas. “A empresa valoriza o processo de diálogo e negociação entre representantes dos trabalhadores, do setor privado e do governo, culminando na elaboração dessa proposta, a qual inclui consensos como a classificação jurídica da atividade, o modelo de inclusão e contribuição à Previdência, um padrão de ganhos mínimos e regras de transparência, entre outros”, pontuou a Uber.

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Com informações da Agência Brasil

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.